sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Com o coração inquieto, olho para Duque de Caxias e penso: a hora de agir é agora.

Foto de Arquivo: Em Caxias é assim, basta chover 10 minutos e as ruas logo ficam alagadas 

@evandrobrasil.oficial

⛈ Agosto chega e eu, com o coração inquieto, olho para Duque de Caxias e penso: a hora de agir é agora.


Desde janeiro — quando o frio da época do pré-verão cede lugar à expectativa por chuvas — venho acompanhando de perto cada rio, cada canal, cada vala e, também, as poucas escavadeiras que retira entulhos e os poucos rios que são dragados. Sei que, em alguns meses, a temporada intensa retornará: janeiro, com suas chuvas torrenciais, promete repetir a história que tantas famílias conhecem bem — enchentes que invadem lares, destroem móveis, rasgam documentos e, sobretudo, deixam vidas à deriva.

Como ser político, sinto a responsabilidade pulsar em mim. É meu dever mobilizar e chamar a atenção das autoridades que precisam transformar preocupação em atitude — e hoje, confesso aqui com firmeza: não podemos mais adiar.

O que o governo diz: No último Plano Verão 2024/2025, apresentado em novembro, a Defesa Civil e a Secretaria de Obras mostraram seu compromisso com a prevenção. Em parceria com o Estado e o INEA, foram relembradas as ações de drenagem, canalização e pavimentação — trabalhos feitos em diálogo com professores, alunos e moradores em áreas de risco, com os jovens se tornando agentes multiplicadores do cuidado coletivo .

Desde 2017, temos um histórico de ações permanentes: foram mais de 300 km de rios, canais e córregos limpos e desassoreados pelo programa municipal, com apoio do Estado via “Limpa Rio” . Mais recentemente, em 2025, a prefeitura manteve esse ritmo, removendo mais de 1.700 m³ de sedimentos por mês, enquanto transformava margens de rios em espaços urbanos como ciclovias, academias ao ar livre e playgrounds iluminados em LED .

Também não posso deixar de citar o ambicioso investimento de R$ 70 milhões na canalização do Canal Calombé — uma ação estratégica para conter transbordamentos — além de drenagem, pavimentação e recapeamento que já beneficiam bairros como Parque Paulista e Vila Esperança . E o Estado não fica de fora: o governador Cláudio Castro esteve em nossa cidade para acompanhar a canalização do Rio Roncador — uma obra orçada em R$ 100 milhões — dentro dos R$ 4,3 bilhões investidos no estado para prevenção de desastres .

Mas investir e planejar não basta — é preciso resistência, fiscalização e engajamento. Em fóruns como r/riodejaneiro, a comunidade fala com franqueza sobre o que vive:

vem dar uma olhada em Duque de Caxias [...] as casas já estão todas alagadas [...] não há governo que se interesse em consertar isso” 

E outro comentário arde em verdade:

fazem isso, passam alguns anos e vai ter gente dizendo que essas redes pluviárias deixam a cidade feia[...]” .

Essas vozes nos exigem mais: transparência, continuidade e coragem política.

Então chamo nossos políticos: por favor, não deixem esse esforço esfriar. A comunidade está atenta, e precisa ver, dia após dia, máquinas que limparam não pararem, obras que avançam não ficarem estacionadas. Nossa responsabilização enquanto sociedade também precisa crescer — não basta investir, é urgentíssimo que todos saibamos onde e como esses recursos estão sendo aplicados.

Estamos em agosto, e sei que muitos já sentem o odor da chuva no ar. Janeiro, com seu aguaceiro previsível, virá com força. Precisamos estar à altura: com planejamento ativo, espírito humano e capacidade real de resposta.

Faço agora este apelo: prefeito, vereadores, secretários, gestores — unam-se às comunidades, às escolas, aos agentes de bairro, aos técnicos — e façam com que nossos rios, antes fontes de tragédia, se tornem símbolos de proteção e convivência segura. Quando municípios, famílias e instituições se encontram na mesma rota, a força que nasce é real — e a cidade resiste.


E vocês, cidadãos e cidadãs — compartilhem, cobrem, perguntem. O alerta está dado. Janeiro pode repetir o passado — mas, juntos, podemos construir um presente forte e um futuro de resiliência. Porque Duque de Caxias merece ser lembrada pelas soluções que encontrou — não pelos danos que enfrentou.

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