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Ex-fazendeiro perdeu tudo e hoje preside movimento que presta auxílio a moradores de rua; por dia, ele distribui duas mil refeições no centro de SP (Portal Ponte) |
Por Evandro Brasil
Vulnerabilidade social: Eu caminho pelas ruas da cidade e vejo, cada vez com mais força, a urgência de mudar essa realidade. Pessoas e famílias inteiras estão vivendo à margem, em profunda vulnerabilidade social e, muitas vezes, sem ter onde dormir ou o que comer. Sinto no peito a necessidade de liderar e inspirar ações que tragam justiça e empatia a essas vidas esquecidas.
Quando li os dados mais atuais, meu coração apertou. Em março de 2025, o número de pessoas em situação de rua registradas pelo CadÚnico chegou a 335.151, um aumento de 0,37% em apenas um trimestre — e 14,6 vezes maior que em dezembro de 2013 . Dessas, 81% sobrevivem com até R$ 109 por mês — menos de 8% do salário mínimo . Mais da metade não concluiu o ensino fundamental e a maior parte é composta por pessoas negras, refletindo o profundo abismo da desigualdade existente em nosso país. Violência também marca essa vida: entre 2020 e 2024, foram 46.865 atos de violência registrados contra quem já não tem onde se abrigar .
Pesquisadores da UFMG explicam que o crescimento nos registros tem relação com o fortalecimento do CadÚnico, mas também alertam para a falta de políticas públicas estruturantes — efetivamente voltadas à moradia, educação e trabalho — que poderiam mudar esse quadro . Um movimento que me inspira é o de Robson César Correia de Mendonça, do Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo, que destaca como a existência de centenas de prédios ociosos na cidade demonstra: não falta moradia, mas faltam vontade política e justiça social .
Do ponto de vista de quem vive na rua, percebo vozes que ecoam dor e resistência. Como disse uma voz ouvida em fóruns de rua:
“É a primeira vez que uma pessoa em situação de rua está no governo. Esse caderno traz responsabilidade e compromisso. Ele dá visibilidade às nossas lutas.”
Essas palavras me fazem enxergar que, apesar das dores e exclusões, existe força e desejo de protagonismo — que precisam de espaço, recursos e respeito.
Eu me recuso a permanecer passivo diante desse cenário. Quero me dedicar e lutar por uma transformação real, onde cada pessoa em situação de rua tenha moradia digna, acesso à educação, oportunidades de trabalho, e seja ouvida com empatia, não invisibilizada. Quero mobilizar políticas públicas com base em evidências concretas — como um real censo nacional da população em situação de rua e o uso eficaz de bancos de dados administrativos para agir com precisão e humanidade .
Sinto urgência. Quero que este texto incenda sentimentos: conhecimento que desperta ação, empatia que gere liderança, e poder coletivo para mudar realidades. Porque ninguém deveria viver à margem — e eu quero ser catalisador dessa mudança. Com responsabilidade e amor, me lanço nessa luta.
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