sábado, 30 de agosto de 2025

Minha voz, meu sonho

Foto de Arquivo: A população em situação de rua e vulnerabilidade social vem crescendo cada vez mais 


@evandrobrasil.oficial

Vulnerabilidade Social: Olha só o que eu tô pensando: a gente vai criar um programa de acolhimento e dignidade de verdade. Primeiro, a ideia é cadastrar moradores que estão em situação de vulnerabilidade ou risco social. Vamos garantir que essas pessoas possam, de fato, acessar um ambiente seguro. Se alguém estiver lidando com uso de drogas, encaminhamos pra internação terapêutica — porque tratamento e cuidado vêm primeiro. Também vamos garantir emissão de documentos, atendimento médico e odontológico, além de curso profissionalizante e treinamento pra dar aquela força real na vida das pessoas.

E tem mais: a gente vai investir pra comprar — ou se necessário desapropriar — áreas. A cada 20 000 m², a gente vai destinar 10 000 m² pra construir um condomínio Minha Casa Minha Vida (estilo classe D), pra dignidade chegar de verdade, com infraestrutura bacana e moradia pra 250 famílias. Nos outros 10 000 m², vamos construir o que faz o lugar pulsar: escola, creche, comércio, mercados, bares, praça... tudo junto, criando um verdadeiro bairro comunitário.

Importante: os empregos gerados nessa construção e no funcionamento do novo espaço devem priorizar as famílias atendidas no programa. E, durante as obras, a população beneficiada deve estar trabalhando pro pessoal das empreiteiras e construtoras — pra impulsionar renda, empoderar e fazer o dinheiro rodar no próprio bairro.

Tudo isso será financiado com recursos federais, estaduais e municipais. É um jeito concreto de garantir dignidade, resgatar vidas, gerar empregos, renda, aquecer a economia local e, sobretudo, fortalecer a comunidade.


O porquê por trás dessa proposta

Pra começar, tem estatísticas que mostram com clareza: no Brasil, em 2023, 59 milhões de pessoas viviam abaixo da linha da pobreza — o que dá 27,4 % da população, e outras 9,5 milhões (4,4 %) enfrentavam pobreza extrema . Ou seja: é uma desigualdade de verdade — especialmente pesada entre negros e negras, mulheres e jovens .

No Nordeste, que concentra grande parte da pobreza, cerca de 47,2 % da população vive abaixo da linha da pobreza, e 9,1 % em extrema pobreza. Já no Sudeste, os números são algo como 18,4 % e 2,5 %, respectivamente . Isso mostra que, mesmo com melhorias, o problema persiste com força — o que justifica uma ação local intensa no RJ. Também é importante destacar que 44,8 % das crianças de até 14 anos vivem em pobreza — isso grita por ação agora.

Sem os benefícios sociais, a situação seria ainda mais grave: o índice de Gini (que mede desigualdade) teria subido de 0,548 em 2022 pra 0,555 em 2023. Os recursos de transferência de renda evitaram que a desigualdade aumentasse .

E aqui em cima do Rio, nas favelas, a realidade climática agrava ainda mais: a sensação térmica em comunidades como a Maré chegou a ultrapassar 60 °C, por causa da falta de ventilação, cobertura vegetal, materiais que retenham calor e o efeito das "ilhas de calor" urbanas . Isso piora a saúde das pessoas e agrava injustiças ambientais impostas às populações negras .



Então, por que vale apostar nessa proposta?

Combate direto à pobreza real: São milhões de brasileiros passando necessidade — e a gente pode transformar isso na prática, aqui no Rio.

Inclusão social com justiça racial e de gênero: mulheres, negros, jovens e crianças são os mais impactados — e vão ser priorizados.

Território seguro e sustentável: com infraestrutura adequada e urbanismo solidário, a gente combate desigualdade inclusive ambiental.

Emprego local e economia circular: as famílias beneficiadas serão contratadas nas obras e nos serviços locais.

Dignidade e pertencimento: não é só casa; é escola, creche, comércio, lazer. É vida que acontece.


quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Governador Cláudio Castro falha com os mais vulneráveis — é hora de agir!

Foto de Arquivo: Grandes centros sofrem com invasão de pessoas em situação de rua

@evandrobrasil.oficial

Vulnerabilidade Social: Como cidadão e alguém comprometido com a justiça social, sinto-me na obrigação de levantar minha voz e expressar, sem meias palavras, minha indignação e urgência diante do agravamento da situação das pessoas em situação de rua no Rio de Janeiro. O enfrentamento desse problema não pode ficar apenas nos papéis de decretos ou discursos — depende, antes de tudo, da ação direta e eficaz de prefeitos e governadores.

Os números escancaram a falência das ações promovidas pelo governo estadual liderado pelo governador Cláudio Castro (PL). Em março de 2025, o Cadastro Único registrou 30.997 pessoas em situação de rua no Estado do Rio de Janeiro, perdendo apenas para São Paulo — e com a capital fluminense sendo a segunda que mais concentra esses registros, com 21.764 pessoas nas ruas . Esses índices parecem ressaltar a total incapacidade do governo estadual de reverter esse quadro dramático.

Pesquisadores do Observatório da UFMG (OBPopRua/Polos-UFMG) apontam que o aumento da população em situação de rua — que chegou a quase 328 mil pessoas no país no final de 2024, um crescimento de cerca de 25% em relação a dezembro de 2023 — está diretamente relacionado à ausência de políticas públicas estruturantes em áreas como moradia, trabalho e educação . O cenário é grave: praticamente metade da população em situação de rua no país vive com até R$ 109 por mês .

No Rio, isso se traduz em milhares de vidas invisíveis, sem amparo efetivo. A promessa de “Rio para Todos” continua no papel, enquanto o governador permanece inerte, ou pior, ocupado com políticas de fachada que não transformam realidades.

A voz de quem vive na rua é um grito de socorro. Tenho ouvido relatos como:

Trabalho o dia inteiro buscando lixo pra vender, mas o dinheiro mal dá pra comer.”

“Só quero um lugar seguro pra dormir e alguém que diga que me vê como gente.”

Essas falas traduzem desespero e invisibilidade — e é justamente isso que precisamos mudar.


Para reverter esse quadro, é urgente:

Destinar recursos reais e transparentes para abrigos dignos, centros populares que funcionem de verdade, atendimento de saúde mental e apoio ao trabalho formal ou ao acesso a treinamentos profissionais. Em 2022, por exemplo, apenas 19% das pessoas em situação de rua informaram ter sido atendidas por CRAS, 24% por CREAS, e 12% afirmaram não ter recebido atendimento em lugar nenhum — inaceitável!

Combater com firmeza a violência e discriminação contra essa população. Foram 3.478 registros de violência contra pessoas em situação de rua apenas no Rio de Janeiro entre 2020 e 2024 . Isso revela uma crueldade sistemática, muitas vezes cometida por quem deveria proteger.

Implementar programas estruturados com metas claras, como formação profissional, moradia assistida, atendimento psicossocial e articulação com prefeituras, para garantir uma solução de longo prazo — e não repetições de ações paliativas que não resolvem nada.

Eu me recuso a aceitar que minha voz seja apenas mais uma no vento. Reafirmo minha vontade de enfrentar essa luta — chamar prefeitos, pressionar o governador e mobilizar nossa sociedade. Queremos soluções reais, caminhos que devolvam dignidade, cidadania e esperança a quem já foi esquecido há tempo demais.

Chegou a hora de mostrar que a política é para servir, e não para fingir que serve. O enfrentamento ao crescimento da população em situação de rua exige coragem, empatia e liderança — e nós estamos prontos para exigir isso dos nossos governantes. Não podemos mais esperar.

#PopulaçãoEmSituaçãoDeRua #VidasImportam #RJsemFome #DireitosHumanosRJ #NãoÀMarginalização



sábado, 23 de agosto de 2025

Transformar o abandono em dignidade: é hora de agir pela população em situação de rua no Rio de Janeiro

Foto de Arquivo: Solidariedade é fundamental para a sobrevivência dessas pessoas, que também demandam afeto e empatia.


Por Evandro Brasil 

Vulnerabilidade Social: A cada passo que dou pelas ruas do Rio de Janeiro, sinto um nó na garganta ao observar a crescente presença de pessoas em situação de rua — seres humanos com nomes, histórias, sonhos — relegados ao esquecimento. Eu me recuso a aceitar que essa seja a realidade para mais de 30 800 pessoas no estado e quase 21 800 apenas na capital . É urgente que o Estado assuma a responsabilidade de promover mudanças profundas — com conhecimento, preocupação e empatia.

Como um ser político, acredito que transformar realidades exige ações concretas. O plano “Ruas Visíveis”, implementado na cidade do Rio pela prefeitura com apoio federal, trouxe esperança ao oferecer serviços essenciais como assistência social, saúde, moradia digna (Programa Moradia Cidadã), além de infraestrutura básica como banheiros, bebedouros e armários . Também considero positivo o Programa “RJ para Todos”, lançado pelo governo estadual, que oferece atendimento intersetorial, emissão de documentos, acesso a emprego via Sine, saúde, lazer, e inclusive a possibilidade de retorno à terra natal .

No entanto, a realidade permanece alarmante. Entre janeiro e dezembro de 2024, o número de pessoas em situação de rua no Brasil aumentou 25%, chegando a 327 925 pessoas, sendo 30 801 apenas no Rio de Janeiro . Isso mostra que, apesar dos programas, a resposta ainda é insuficiente — sobretudo para solucionar as causas estruturais que empurram pessoas às ruas.

Pesquisas indicam que esse aumento está ligado à ausência de políticas estruturantes, como moradia, educação e trabalho . Dados do Censo da prefeitura (2022) reforçam esse quadro: 7 865 pessoas na capital, com 84% autodeclaradas pretas ou pardas, 64% com ensino fundamental incompleto, 57,7% catadores, 43% moradores vítimas de conflitos familiares, e 22% por alcoolismo ou uso de drogas .

Especialistas do Ipea apontam que nos últimos dez anos a população de rua no Brasil cresceu quase 936%, saindo de 21 934 em 2013 para 227 087 em 2023 . Eles destacam causas como exclusão econômica, desemprego, déficit habitacional, rupturas familiares e problemas de saúde mental, fatores que também se repetem aqui no Rio. Como escreveu um usuário no Reddit:

“Problemas familiares ou com companheiros foram apontados por 47,3% das pessoas … O desemprego foi citado por 40,5%” .

Enquanto isso, a gestão atual do Estado, liderada por Cláudio Castro (PL), demonstra fragilidade em enfrentar o drama da população em situação de rua. Pesquisa Genial/Quaest (fev. 2025) mostra sua desaprovação em 48% e claramente identifica a segurança pública (59%) e a saúde (46%) como áreas de insatisfação . Se a avaliação em setores tão fundamentais é tão negativa, é legítimo questionar sua capacidade de liderar soluções robustas para a questão da rua e da vulnerabilidade social.

Um exemplo de avanço, entretanto, vem do Ministério Público Federal, que criou, em abril de 2025, o Fórum Permanente por Direitos da População em Situação de Rua — uma iniciativa inédita, que reúne DPU, DPRJ, movimentos sociais e ONGs para articular ações conjuntas e estruturadas . Essa iniciativa mostra que a mudança só virá com colaboração e compromisso real — não apenas de governos, mas de toda a sociedade civil.

Mas não basta destrinchar números e leis. A verdadeira inspiração está nas vozes daqueles que vivem nas ruas. Como relatou um morador: “A rua tira a gente. A gente precisa de moradia com respeito, não empurrar para o abandono”. Essas palavras revelam a urgência de dignidade humanizada — e não de caridade superficial.

Chegou a hora de unir conhecimento e ação. Precisamos:

  1. Fortalecer e expandir políticas estruturantes: moradia digna, educação, qualificação profissional e renda.
  2. Ampliar serviços itinerantes de Saúde, como o Consultório na Rua, já existentes no SUS, para levar atendimento multiprofissional direto às ruas .
  3. Reativar e equipar mais Restaurantes Populares, como os poucos ainda em operação no estado (Rio, Niterói, Petrópolis, Barra Mansa) .
  4. Incluir a população de rua em políticas de habitação pública, usando imóveis ociosos ou reforma de estruturas existentes.
  5. Dar voz e protagonismo às próprias pessoas em situação de rua, garantindo sua participação ativa nas decisões que lhes dizem respeito.

Como ser atuante na esfera política, me comprometo a promover conscientização, mobilizar recursos e lutar pela criação de redes solidas de apoio. Quero que nossa sociedade enxergue a todos com empatia, respeito e solidariedade. A luta por dignidade é urgente — e eu estou aqui, pronto para ajudar nessa transformação.

Eu quero poder contar com o seu apoio nesta batalha 

@evandrobrasil.oficial

#RuaNãoÉLugar

#FazerParecePouco

#DireitosHumanosJá

#PopulaçãoSemRua

#LiderarParaMudar

#DignidadeParaTodosRJ

#EmpatiaQueTransforma


Saúde é Direito, Não Favorecimento: Denuncie o Crime no SUS

Foto de Arquivo: Unidade de Pronto Atendimento em Duque de Caxias
 

@evandrobrasil.oficial

Saúde Pública: É imperativo que reflitamos, com elevada sensibilidade cívica, sobre a premente questão do acesso à saúde pública no Brasil — um direito inalienável consagrado em nossa Constituição, e cujo desrespeito fere não apenas a legalidade, mas também a dignidade de cada cidadão.

A Constituição de 1988, em seu art. 196, é cristalina ao afirmar que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” . A Lei nº 8.080/1990, que institui o SUS, reforça esse compromisso: “a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício” (art. 2º) .

O SUS, sendo um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, beneficia milhões — são cerca de 150 milhões de brasileiros, com 2,8 bilhões de atendimentos por ano, segundo o IBGE . Ainda assim, sombrios desafios persistem: o Brasil, desde 2008, figura quase continuamente entre os últimos colocados no ranking de eficiência dos sistemas de saúde da Bloomberg, que pondera expectativa de vida e custo econômico .

Nesse panorama, surge uma questão central: o político que, em tese, “facilita” atendimento a certas pessoas no SUS estaria cometendo crime, ao promover favorecimento ilegal e violar a universalidade do sistema? Uma resposta contundente afasta qualquer dúvida. Em março de 2025, foi apresentado à Câmara um Projeto de Lei (PL 149/25) que criminaliza a manipulação de dados no sistema de regulação do SUS — como o Sisreg — para obter vantagem indevida. A pena proposta varia de 2 a 12 anos de reclusão, além de multa, com agravantes para servidores públicos ou danos a terceiros .

A atuação de um político nesse sentido não é benevolente — é nefasta. Ao ferir a equidade no atendimento, contamina a credibilidade do SUS e agrava desigualdades estruturais. Não se trata de “jeitinho”: é transgressão grave, e esses atos devem ser denunciados — ao Ministério Público ou à Polícia Federal — para que se proteja o direito de toda e qualquer pessoa à saúde pública.

Uma palavra pouco comum, mas belamente significativa, pode tornar nossa mensagem ainda mais memorável: “ineludível” — algo que não pode ser evitado ou negado. A constatação de que o acesso à saúde é ineludível para cada cidadão reforça tanto a legitimidade do direito quanto o dever do Estado e sociedade em defendê-lo.

Amigos e amigas, este post busca apelar à nossa empatia e senso de justiça. Reconheçamos juntos o valor de cada vida, o poder que temos quando nos unimos em defesa dos direitos fundamentais e a autoridade moral que brota da luta coletiva. Engaje: curta, comente, compartilhe. Incentivemos outros a cobrar transparência, respeito e responsabilidade. E, acima de tudo, denunciem quaisquer políticos ou agentes públicos que agir com parcialidade ou favorecimento no SUS — pois não podemos aceitar que espoliação ou privilégio comprometam o direito coletivo à saúde.


#SaúdeÉDireito #DefendaOSUS #Brasil #Justiça #Transparência #Cidadania #Cidadania23 #Ineb #EvandroBrasil #InstitutoEvandroBrasil

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Com o coração inquieto, olho para Duque de Caxias e penso: a hora de agir é agora.

Foto de Arquivo: Em Caxias é assim, basta chover 10 minutos e as ruas logo ficam alagadas 

@evandrobrasil.oficial

⛈ Agosto chega e eu, com o coração inquieto, olho para Duque de Caxias e penso: a hora de agir é agora.


Desde janeiro — quando o frio da época do pré-verão cede lugar à expectativa por chuvas — venho acompanhando de perto cada rio, cada canal, cada vala e, também, as poucas escavadeiras que retira entulhos e os poucos rios que são dragados. Sei que, em alguns meses, a temporada intensa retornará: janeiro, com suas chuvas torrenciais, promete repetir a história que tantas famílias conhecem bem — enchentes que invadem lares, destroem móveis, rasgam documentos e, sobretudo, deixam vidas à deriva.

Como ser político, sinto a responsabilidade pulsar em mim. É meu dever mobilizar e chamar a atenção das autoridades que precisam transformar preocupação em atitude — e hoje, confesso aqui com firmeza: não podemos mais adiar.

O que o governo diz: No último Plano Verão 2024/2025, apresentado em novembro, a Defesa Civil e a Secretaria de Obras mostraram seu compromisso com a prevenção. Em parceria com o Estado e o INEA, foram relembradas as ações de drenagem, canalização e pavimentação — trabalhos feitos em diálogo com professores, alunos e moradores em áreas de risco, com os jovens se tornando agentes multiplicadores do cuidado coletivo .

Desde 2017, temos um histórico de ações permanentes: foram mais de 300 km de rios, canais e córregos limpos e desassoreados pelo programa municipal, com apoio do Estado via “Limpa Rio” . Mais recentemente, em 2025, a prefeitura manteve esse ritmo, removendo mais de 1.700 m³ de sedimentos por mês, enquanto transformava margens de rios em espaços urbanos como ciclovias, academias ao ar livre e playgrounds iluminados em LED .

Também não posso deixar de citar o ambicioso investimento de R$ 70 milhões na canalização do Canal Calombé — uma ação estratégica para conter transbordamentos — além de drenagem, pavimentação e recapeamento que já beneficiam bairros como Parque Paulista e Vila Esperança . E o Estado não fica de fora: o governador Cláudio Castro esteve em nossa cidade para acompanhar a canalização do Rio Roncador — uma obra orçada em R$ 100 milhões — dentro dos R$ 4,3 bilhões investidos no estado para prevenção de desastres .

Mas investir e planejar não basta — é preciso resistência, fiscalização e engajamento. Em fóruns como r/riodejaneiro, a comunidade fala com franqueza sobre o que vive:

vem dar uma olhada em Duque de Caxias [...] as casas já estão todas alagadas [...] não há governo que se interesse em consertar isso” 

E outro comentário arde em verdade:

fazem isso, passam alguns anos e vai ter gente dizendo que essas redes pluviárias deixam a cidade feia[...]” .

Essas vozes nos exigem mais: transparência, continuidade e coragem política.

Então chamo nossos políticos: por favor, não deixem esse esforço esfriar. A comunidade está atenta, e precisa ver, dia após dia, máquinas que limparam não pararem, obras que avançam não ficarem estacionadas. Nossa responsabilização enquanto sociedade também precisa crescer — não basta investir, é urgentíssimo que todos saibamos onde e como esses recursos estão sendo aplicados.

Estamos em agosto, e sei que muitos já sentem o odor da chuva no ar. Janeiro, com seu aguaceiro previsível, virá com força. Precisamos estar à altura: com planejamento ativo, espírito humano e capacidade real de resposta.

Faço agora este apelo: prefeito, vereadores, secretários, gestores — unam-se às comunidades, às escolas, aos agentes de bairro, aos técnicos — e façam com que nossos rios, antes fontes de tragédia, se tornem símbolos de proteção e convivência segura. Quando municípios, famílias e instituições se encontram na mesma rota, a força que nasce é real — e a cidade resiste.


E vocês, cidadãos e cidadãs — compartilhem, cobrem, perguntem. O alerta está dado. Janeiro pode repetir o passado — mas, juntos, podemos construir um presente forte e um futuro de resiliência. Porque Duque de Caxias merece ser lembrada pelas soluções que encontrou — não pelos danos que enfrentou.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

A Anistia Da Imoralidade

Foto de Arquivo: O ato de 8 de Janeiro levou muitos manifestantes ultrapassarem limites apostando na GLO das Forças Armadas e consequente impunidade

@evandrobrasil.oficial

Anistia: Hoje sinto-me compelido a compartilhar reflexões que considero tão necessárias quanto urgentes. Ao propor a anistia aos acusados de tentativa de golpe de Estado — inclusive os implicados nos eventos de 8 de janeiro de 2023 — a sociedade brasileira caminha no sinuoso terreno da irresponsabilidade institucional.

Permitam-me evocar a palavra “anacoluto”, termo sofisticado que descreve uma descontinuidade sintática que rompe a harmonia de uma frase — analogamente, a proposta de perdoar crimes contra a democracia quebra abruptamente os fundamentos da cidadania.

Refiro-me ao projeto de lei que visa conceder perdão a condenados por crimes como associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado — infrações que, ressalto, são consideradas hediondas pela Constituição . Comparo esse ato à histórica “Lei da Anistia” de 1979 (Lei nº 6.683), sancionada por João Figueiredo. Naquela ocasião, o perdão valia tanto para perseguidos políticos quanto para agentes do regime, sob a ambígua justificativa dos “crimes conexos” .

E o que nos ensinam os especialistas? O professor Paulo Ribeiro da Cunha, da Unesp, evidencia que a anistia de 1979 foi ideologicamente seletiva e excludente, beneficiando principalmente militares de alta patente alinhados à direita, enquanto praças e marinheiros progressistas foram marginalizados. Esse viés perpetuou uma cultura golpista tolerada nas fileiras das Forças Armadas .

A Lei da Anistia de 1979, embora tenha sido um pilar para o fim da ditadura, continua sob críticas veementes. A Comissão de Legislação Participativa da Câmara alertou que ela representa uma fonte persistente de impunidade para torturadores, violando obrigações internacionais de direitos humanos . De fato, a Corte Interamericana de Direitos Humanos declarou essa lei "incompatible" com a obrigação de investigar e punir violações de direitos humanos, especialmente no emblemático “Caso Guerrilha do Araguaia” .

Hoje, ao propor anistiar aqueles que atentaram contra os pilares democráticos, repetimos um equívoco histórico — em vez de reafirmar nossa confiança nas instituições, abrimos caminho para a banalização da justiça. Como disse Paulo Ribeiro da Cunha ao avaliar os atos de janeiro de 2023: “nesse cenário, percebo que, sem dúvida nenhuma, o Judiciário tem atuado com muita efetividade, o que é muito positivo para a democracia” . É justamente essa legitimidade que devemos fortalecer, não desconstruir com medidas temerárias.

Convido cada um de vocês: reflitam, comentem e compartilhem. Afinal, o futuro democrático do Brasil depende da nossa recusa a atalhos históricos que nos desviem do caminho da justiça e da verdade.

#Anistia #GolpedeEstado #TentativadeGolpedeEstado #politica #ORCRIM #CamaradosDeputados #InvasãodaPraçadosTresPoderes #EvandroBrasil #Cidadania23 #Cidadania #Bolsonaro #Lula 

Duque de Caxias clama por ação consciente e planejamento coletivo

Foto de Arquivo: Está imagem foi postada em uma reportagem do ano 2024 no Jornal de Brasília e afirmava que Caxias já estava há 29 horas embaixo d'água após o temporal.

@evandrobrasil.oficial

Duque de Caxias: À medida que caminho pelas ruas de Duque de Caxias, sinto algo mais que movimento urbano: percebo o pulsar de uma cidade que luta, persistentemente, para superar desafios históricos. Falo com convicção: os problemas que enfrentamos existem, são reais — e demandam nada menos que um planejamento sério, capaz de indicar, com precisão, onde devem ser empenhados os nossos recursos.


1. Inundações devastadoras — o drama se repete

As chuvas fortes transformam avenidas em córregos impetuosos. Em abril de 2025, a Avenida Jornalista Moacir Padilha virou um “rio de lama”, ao ponto de uma moradora, Ivanete Lourenço, contabilizar perdas de até R$ 6 mil em mercadorias inundadas . Prioritariamente, isso evidencia falhas na drenagem urbana e na infraestrutura das vias.

Também sobram relatos emocionantes, como o do marceneiro Amaro Alves, de Imbariê, que "sempre que chove... só com água na canela" — lamenta ele, enquanto tenta limpar bueiros entupidos . No Jardim Anhanguá, a dona de casa Alexsandra perdeu a cama das filhas; com residências sem asfalto, sem saneamento e sem limpeza adequada, cada tempestade traz angústia e temor, especialmente quando há crianças pequenas envolvidas .

Desde janeiro de 2024, bairros como Pilar, Amapá e Vila Urussaí ficaram alagados por dias. Mais de 2.200 pessoas foram cadastradas pela Defesa Civil para receber ajuda emergencial — água, quentinhas, roupas, materiais de higiene. A situação foi tão grave que o governo federal reconheceu estado de emergência, liberando recursos urgentes para reconstrução .


2. Risco estrutural e ocupação desordenada

A expansão urbana em Duque de Caxias avançou sem os devidos cuidados. Estudos mostram que a combinação de ocupações em encostas e várzeas, aliada à falta de vegetação natural, aumentou o risco de deslizamentos e inundações . Além disso, áreas como o Campo do Bomba — que ajudavam naturalmente a controlar enchentes — têm sido alvo de obras sem o devido EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental), o que pode agravar ainda mais o cenário hídrico da região. Enquanto escrevo esse post leio em meu whatsapp o pedido de ajuda de famílias da região do Pantanal que estão com suas residências sob risco de deslizamento.


3. Legado ambiental e desigualdade persistente

Em Jardim Gramacho, que até 2012 abrigou o maior lixão da América Latina, as marcas do abandono e da contaminação ainda persistem — solo, vida e renda foram impactados por anos de descarte irregular de resíduos, muitos deles tóxicos . Ao mesmo tempo, moradores de áreas periféricas ainda enfrentam dificuldades para acessar água potável — muitas vezes passando madrugadas tentando bombear de fontes — mesmo após o fechamento do lixão .


4. Vozes da comunidade — o clamor por cuidado contínuo

E a percepção popular, nas redes e nas ruas, reflete a frustração histórica. Um relato contundente no Reddit (subreddit r/riodejaneiro) expressa:

Você acha que sofre? Vem dar uma olhada em Duque de Caxias [...] as casas já estão todas alagadas [...] não há governo que se interesse em consertar isso.” 


Outro comentário, tocante, revela o drama humano da ocupação de áreas de risco:

“O povoado que vai desabar ou inundar... não tem como dar certo.” 

Essas vozes ecoam o desespero, mas também a indignação que pode e deve ser convertida em mobilização.


Um apelo à razão — planejamento, política e comunidade juntos

Os problemas — inundações frequentes, infraestrutura urbana precária, riscos ambientais e desigualdades estruturais — não são fantasiosos. Eles são evidentes e impactantes. Mas acredito, com plena convicção, que um planejamento sério, técnico e participativo pode indicar onde nossos recursos devem ser empregados com eficácia.

Políticos têm o dever de ouvir os bairros, dialogar com as comunidades, engajar setores técnicos e priorizar projetos de drenagem, saneamento, contenção de encostas e apoio às famílias afetadas. A comunidade, por sua vez, precisa se organizar e apontar as prioridades do cotidiano — por meio de associações de bairro, fóruns, dos conselhos e canais de participação.

Somente assim avançamos. A união faz a força — quando prefeitura e população conspiram a favor da cidade, emerge um campo fértil para transformar sofrimento em resiliência, desamparo em segurança, tragédia em transformação.


O Apodrecimento do Debate Político e o Valor do Pluralismo Democrático

Foto de Arquivo: O debate político pautado nas boas idéias e na busca por soluções para os problemas da sociedade perdeu espaço para o extremismo, o desrespeito, a desmoralização.

@evandrobrasil.oficial

Comportamento: Vivemos tempos desafiadores em que o tecido do debate político parece corroído. No Brasil, a estratégia da extrema-direita tem sido pautar o cenário público com retóricas que alimentam o antagonismo e desprezam o contraditório. O professor Jorge Chaloub (UFRJ/UFRJF) observa que esse movimento não apenas rompe com os cânones democráticos, mas normaliza posições extremistas que antes seriam inaceitáveis numa sociedade minimamente civilizada .

Registros empíricos corroboram essa percepção: uma análise de cerca de 5 milhões de tuítes de influenciadores políticos durante as eleições de 2022 revela um crescimento substancial da incivilidade — especialmente impolidez, discursos violentos e ataques às instituições democráticas — durante os períodos de maior tensão eleitoral . Soma-se a isso o fato de que as redes sociais, com sua estrutura de amplificação algorítmica, frequentemente favorecem conteúdos de direita, inclusive radicais .

O discurso de ódio encontra terreno fértil nesse ambiente. Estudos ressaltam como redes como o Facebook ecoam mensagens agressivas, muitas vezes disfarçadas sob o véu da liberdade de expressão — sem respeito à dignidade e aos direitos iguais garantidos na Constituição Federal .

Especialistas em teoria democrática, como Chantal Mouffe, oferecem uma alternativa à polarização destrutiva: a democracia agonística. Nela, adversários reconhecem a legitimidade do outro mesmo diante de opiniões contrárias — são adversários, não inimigos. Esse modelo encoraja o confronto respeitoso e preserva a coesão política .

No Brasil, intelectuais como Luís Felipe Miguel e Marcos Nobre têm chamado a atenção para os riscos de uma “democracia domesticada” e alertado sobre a erosão dos valores emancipatórios — fenômenos cristalizados com o avanço de discursos autoritários que proliferam na esfera digital . A filósofa Marilena Chaui, por sua vez, lembra que o autoritarismo social — naturalizado em formas de dominação — constitui um grave obstáculo à mentalidade democrática que respeita a diferença .


Em síntese:

a) A normalização de discursos extremistas enfraquece o debate saudável e legitima rupturas democráticas.

b) As plataformas digitais, potentes amplificadoras, intensificam o antagonismo político e a disseminação de mensagens de ódio.

c) Reconhecer o outro como adversário legítimo, e não inimigo, é fundamental para salvar a democracia plural.

d) A resistência intelectual, empreendida por pensadores democráticos e movimentos civis, é ferramenta vital para preservar valores como respeito, igualdade e convivência democrática.

 

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Eu sinto — e luto — pela dignidade de quem vive na rua

Ex-fazendeiro perdeu tudo e hoje preside movimento que presta auxílio a moradores de rua; por dia, ele distribui duas mil refeições no centro de SP (Portal Ponte)

Por Evandro Brasil 

Vulnerabilidade social: Eu caminho pelas ruas da cidade e vejo, cada vez com mais força, a urgência de mudar essa realidade. Pessoas e famílias inteiras estão vivendo à margem, em profunda vulnerabilidade social e, muitas vezes, sem ter onde dormir ou o que comer. Sinto no peito a necessidade de liderar e inspirar ações que tragam justiça e empatia a essas vidas esquecidas.

Quando li os dados mais atuais, meu coração apertou. Em março de 2025, o número de pessoas em situação de rua registradas pelo CadÚnico chegou a 335.151, um aumento de 0,37% em apenas um trimestre — e 14,6 vezes maior que em dezembro de 2013 . Dessas, 81% sobrevivem com até R$ 109 por mês — menos de 8% do salário mínimo . Mais da metade não concluiu o ensino fundamental e a maior parte é composta por pessoas negras, refletindo o profundo abismo da desigualdade existente em nosso país. Violência também marca essa vida: entre 2020 e 2024, foram 46.865 atos de violência registrados contra quem já não tem onde se abrigar .

Pesquisadores da UFMG explicam que o crescimento nos registros tem relação com o fortalecimento do CadÚnico, mas também alertam para a falta de políticas públicas estruturantes — efetivamente voltadas à moradia, educação e trabalho — que poderiam mudar esse quadro . Um movimento que me inspira é o de Robson César Correia de Mendonça, do Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo, que destaca como a existência de centenas de prédios ociosos na cidade demonstra: não falta moradia, mas faltam vontade política e justiça social .

Do ponto de vista de quem vive na rua, percebo vozes que ecoam dor e resistência. Como disse uma voz ouvida em fóruns de rua:

“É a primeira vez que uma pessoa em situação de rua está no governo. Esse caderno traz responsabilidade e compromisso. Ele dá visibilidade às nossas lutas.” 

Essas palavras me fazem enxergar que, apesar das dores e exclusões, existe força e desejo de protagonismo — que precisam de espaço, recursos e respeito.

Eu me recuso a permanecer passivo diante desse cenário. Quero me dedicar e lutar por uma transformação real, onde cada pessoa em situação de rua tenha moradia digna, acesso à educação, oportunidades de trabalho, e seja ouvida com empatia, não invisibilizada. Quero mobilizar políticas públicas com base em evidências concretas — como um real censo nacional da população em situação de rua e o uso eficaz de bancos de dados administrativos para agir com precisão e humanidade .

Sinto urgência. Quero que este texto incenda sentimentos: conhecimento que desperta ação, empatia que gere liderança, e poder coletivo para mudar realidades. Porque ninguém deveria viver à margem — e eu quero ser catalisador dessa mudança. Com responsabilidade e amor, me lanço nessa luta.

Se esse texto te motiva, me siga nas redes sociais e vamos dialogar sobre esse assunto @evandrobrasil.oficial

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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Poesia: Rio de Janeiro, Coração do Brasil

Foto de Arquivo: Belezas naturais do Rio de Janeiro 

Poesia 

Autor: Evandro Brasil 

Estes versos foram escritos em um momento de reflexão sobre o nosso Estado do Rio de Janeiro, das nossas belas regiões, de cidades e da nossa linda gente.


Do cume altivo do Pico das Agulhas Negras,

À espuma que dança nas praias de Ipanema,

O Rio é alma que canta e não nega,

É sonho em forma de vida e poema.


No berço da Guanabara encantada,

O Cristo abençoa com braços de luz,

Do Leme à Barra, a orla dourada

É bênção que o sol toda manhã conduz.


A Serra dos Órgãos ergue seus dedos

Como harpas de pedra tocando o céu,

E a mata resiste aos tempos e medos,

Verde profundo, eterno véu.


No Norte, o café e o leite do vale,

Na Costa Verde, um mar sem fim,

Paraty guarda a história que embale

Caminhos antigos de ouro e jardim.


E na baixada, onde o povo é guerra e flor,

Brotam escolas, indústrias, esperança,

Braços que erguem com coragem e suor

A força produtiva de uma nova aliança.


Duque de Caxias, coração operário,

Belford Roxo, São João, Nova Iguaçu,

Tantas cidades num ritmo solidário,

Trabalham de sol a sol sob o céu azul.


Petrópolis, nobre em sua arquitetura,

Teresópolis, de clima gentil,

Miguel Pereira e seus ares de doçura,

São jóias da serra no mapa do Brasil.


Mas é o povo que faz esse estado brilhar,

Gente que samba, luta, cria e cuida,

Carioca, fluminense, a caminhar,

Com alma festiva e coragem ruidosa e ruda.


Rio, teu nome ecoa como canção,

Nos becos, nas ladeiras, no coração.

És berço de cultura, beleza e paixão —

És Rio de Janeiro, és nossa nação.


Democracia em Risco: A Farsa do Patriota e o Perigo da Barbárie

Foto de Arquivo: Em manifestação pacífica homem é perseguido e contido violentamente por militares durante a "ditadura do regime militar". O direito do povo era se calar

Por Evandro Brasil 

O Brasil vive um momento de gravíssima ameaça à sua democracia. Não se trata de uma disputa política comum, entre esquerda e direita, mas de um confronto entre a civilização e a barbárie. Jair Bolsonaro, seus filhos, aliados políticos e religiosos não apenas cruzaram a linha do bom senso e da responsabilidade institucional — eles, ao que tudo indica, tramaram um golpe de Estado.

As provas são robustas e apontam que a tentativa de ruptura democrática foi real. Com apoio de militares e civis, Bolsonaro tentou subverter a vontade popular e destruir os pilares da nossa República. Isso é crime — um crime grave, previsto em lei, que atenta contra a Constituição, a democracia e o povo brasileiro.

Diante disso, o que faz Eduardo Bolsonaro? Ao invés de defender o Brasil, foge para os Estados Unidos. Lá, em vez de buscar apoio para a democracia, articula com setores do governo norte-americano a imposição de sanções contra o seu próprio país — apenas porque seu pai e seus comparsas estão agora sob investigação e julgamento. Para isso, Eduardo deve ter oferecido algo muito valioso. Mas o que se negocia quando se vende o próprio país em troca de proteção pessoal? Qual o preço da traição à Pátria?

É inaceitável que nação alguma — nem mesmo os EUA — interfira nas decisões soberanas da Justiça brasileira. Pior ainda é ver que essa interferência possa estar sendo feita para blindar golpistas.

O Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição, está sob ataque constante. Seus ministros são ameaçados, perseguidos e difamados nas redes sociais e nas ruas por fanáticos que acreditam estar servindo a Deus ou à Pátria. A história mostra onde esse caminho leva: a ditaduras, censura, violência e injustiça.

No Rio de Janeiro, já vimos a consequência do avanço da barbárie. Uma juíza foi assassinada por policiais corruptos ligados ao tráfico de drogas. Se essa prática se espalha, o que impedirá bandidos, milicianos ou criminosos de ameaçarem delegados, promotores e políticos que os enfrentam? Se o exemplo que vem de cima é o de desrespeito à lei e à autoridade judicial, o que esperar dos que vivem à margem da sociedade?

Bolsonaro, seus filhos, seus aliados e muitos líderes religiosos não defendem a fé nem a liberdade — eles usam a religião como escudo para proteger seus interesses políticos e crimes. Prometem moralidade, mas entregam ódio. Juram patriotismo, mas vendem o país. Exigem respeito à lei, mas agem como fora da lei.

É hora de refletir. É hora de reagir. Não podemos permitir que a democracia brasileira seja sequestrada por interesses pessoais, religiosos ou militares. A defesa do Estado de Direito é dever de todos nós. O Brasil não será palco de um novo golpe. O Brasil não será terra de covardes travestidos de patriotas.


segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Partido Liberal na contra-mão dos princípios democráticos

Foto de Arquivo: Encontro do partido Liberal. O discurso de seus membros dão conta que o maior patrimônio do PL hoje é o discurso golpista é a alienação de seus militantes e simpatisantes

Por Evandro Brasil 

Vivemos em um país onde partidos políticos são sustentados com recursos públicos. Essa estrutura tem uma razão de ser: garantir pluralidade política, fortalecer a democracia e possibilitar que diferentes vozes sejam representadas nas instituições. No entanto, o que fazer quando um desses partidos utiliza a estrutura que deveria servir ao povo para agir contra a própria democracia?

O Partido Liberal (PL), que deveria zelar pela legalidade, tem protagonizado episódios que não condizem com os princípios democráticos. Mais grave ainda: há indícios e provas de que membros da legenda têm se aproveitado de suas posições de poder para financiar e articular ações que atentam contra as instituições republicanas.

Não se trata de divergência ideológica ou debate político legítimo — trata-se de sabotagem ao Estado Democrático de Direito. Quando um partido político se transforma em base de sustentação para discursos golpistas, práticas antidemocráticas e tentativas de ruptura institucional, ele ultrapassa todos os limites aceitáveis em uma democracia.

O uso de recursos públicos para financiar esse tipo de conduta torna a situação ainda mais inaceitável. É o povo brasileiro pagando — via fundo partidário — para que grupos internos conspirem contra os direitos civis, as eleições livres e a paz social.

Diante de tudo isso, não resta outra alternativa senão a cassação imediata do registro do PL como partido político. O país não pode ser refém de organizações que desvirtuam a política para servir a interesses antirrepublicanos.

Democracia exige responsabilidade. E quem ameaça a democracia com dinheiro do povo, não merece continuar existindo como instituição legal.

Polícia Civil apura sabotagem de ex-funcionários contra empresa de tecnologia no RJ

Foto de Arquivo: Tecnologia a Informação e segurança dos dados.

Por Evandro Brasil 

A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu neste domingo (3) mandados de busca e apreensão em seis endereços nas regiões da Zona Norte e da Baixada Fluminense. A ação faz parte da Operação Gênesis e teve como alvos três ex-funcionários de uma empresa de proteção digital: Adriano Alves Passos Junior, Lucas Vital Alves da Silva e Eduardo Junior Dias dos Santos Moreira.


"Estamos diante de um caso que escancara os riscos da confiança empresarial mal administrada. Em um setor estratégico como o da tecnologia, a traição de colaboradores pode causar prejuízos incalculáveis – não apenas financeiros, mas também em relação à segurança de dados e à soberania digital."


Segundo a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), os três são suspeitos de envolvimento direto na exclusão intencional de uma plataforma de inteligência artificial avaliada em R$ 10 milhões. A tecnologia estava prestes a ser lançada no mercado, com potencial de atingir cerca de 20 milhões de usuários.


"Uma plataforma de inteligência artificial com esse valor de mercado e essa projeção de alcance precisa ter protocolos rígidos de segurança e gestão de risco. Isso levanta uma questão: onde estavam os mecanismos de prevenção da empresa para evitar que três funcionários tivessem tanto poder de destruição?"


As investigações apontam que Adriano e Lucas usaram os computadores corporativos para deletar arquivos internos cruciais, como dados de construção da plataforma, fluxos de processamento e tarefas do projeto. Lucas, em especial, teria exportado senhas do sistema sem autorização e, logo após se demitir, tentou acessar a plataforma novamente para verificar o sucesso da ação criminosa.


"O fato de um ex-funcionário tentar invadir o sistema após se desligar da empresa mostra não apenas má-fé, mas também uma falha grave no controle de acessos. Isso deveria servir de alerta para todas as empresas que lidam com tecnologia: a segurança digital começa com a gestão de pessoas."


Embora não tenha participado diretamente da exclusão da plataforma, Eduardo teria tido papel ativo na articulação do grupo. Ele, assim como os demais, é investigado por crimes como organização criminosa, concorrência desleal, invasão de dispositivo informático com agravantes e apropriação indébita qualificada.


"O envolvimento de Eduardo mesmo sem executar a sabotagem mostra que o problema vai além da execução do crime. O planejamento prévio, as conversas, os CNPJs abertos, tudo indica intenção clara de destruir uma empresa e se beneficiar disso. Isso não é apenas crime: é deslealdade profissional no nível mais grave."


Mensagens interceptadas pela Polícia Civil revelam que os três discutiram antecipadamente os passos do ataque, consideraram contar ou não à chefia sobre o ocorrido, e chegaram a planejar a fundação de suas próprias empresas. Dois deles, inclusive, abriram CNPJs recentemente, reforçando a suspeita de concorrência desleal com uso de tecnologia alheia.


"Infelizmente, o Brasil ainda carece de uma cultura empresarial que valorize a ética profissional como prioridade. A criação de empresas próprias a partir do roubo de tecnologia é uma prática que precisa ser duramente punida, inclusive como forma de proteger o ecossistema de inovação no país."


O único membro da equipe que permaneceu na empresa revelou que os ex-colegas tentaram convencê-lo a participar do esquema, oferecendo-lhe a promessa de um novo emprego. Para os investigadores, isso reforça a tese de uma migração coletiva com possível apropriação de ativos e conhecimento sigiloso da empresa.


"Esse relato é emblemático. Mostra como o aliciamento interno funciona: promessas, sedução profissional e sabotagem. É uma forma de corrupção corporativa que pode destruir anos de trabalho e pesquisa em poucos cliques."


Apesar de notificados para devolver os notebooks da empresa, os investigados não entregaram os equipamentos. Esses dispositivos continham dados sensíveis, como códigos-fonte, documentos estratégicos e informações que podem comprovar os crimes cometidos. Há ainda indícios de que os investigados usaram seus celulares pessoais para acessar, armazenar e compartilhar os dados ilegalmente.


"Aqui entra outro ponto essencial: as empresas precisam separar completamente o uso de equipamentos pessoais dos ambientes corporativos. A falta de controle sobre isso compromete não só os processos, mas também a segurança jurídica da organização."


Durante o cumprimento dos mandados, os agentes da DRCI apreenderam notebooks corporativos e pessoais, além de celulares, nos bairros de São João de Meriti, Méier e Cachambi. Adriano e Lucas foram levados à delegacia para prestar depoimento.


 "Que esse caso sirva como exemplo para empresas e instituições públicas: segurança da informação deve ser tratada com o mesmo rigor que a segurança patrimonial. Sabotagem digital não é só um problema técnico, é uma ameaça real à economia e à inovação tecnologica em nosso país."

A crise operacional, financeira e institucional que afeta os Correios

Por Evandro Brasil  Correios: A crise dos Correios não aconteceu por acaso nem pode ser explicada por um único fator. Ela é resultado da co...