domingo, 28 de dezembro de 2025

A crise operacional, financeira e institucional que afeta os Correios



Por Evandro Brasil 

Correios: A crise dos Correios não aconteceu por acaso nem pode ser explicada por um único fator. Ela é resultado da combinação entre mudanças no mercado, avanço das grandes plataformas privadas de comércio eletrônico e decisões políticas tomadas, principalmente, sob a influência da extrema direita nos últimos anos. Esses três elementos se conectam e ajudam a entender o enfraquecimento da empresa pública.


1. Shopee e Mercado Livre: concorrência desigual

Plataformas como Shopee e Mercado Livre cresceram rapidamente no Brasil impulsionadas pelo comércio digital, pela logística própria e por parcerias com transportadoras privadas. Diferente dos Correios, essas empresas:

- Não têm obrigação de atender todo o território nacional;

- Focam apenas nas rotas lucrativas;

- Pagam menos tributos proporcionalmente;

- Utilizam modelos de trabalho mais precarizados.

Enquanto isso, os Correios continuam cumprindo uma função social, entregando cartas, encomendas e serviços em regiões onde nenhuma empresa privada quer operar, como áreas rurais, periferias e cidades pequenas. Isso cria uma concorrência injusta, pois o lucro fica com o setor privado e o custo social permanece com o Estado.


2. O papel da extrema direita e o projeto de enfraquecimento do Estado

Durante os governos alinhados à extrema direita, especialmente nas gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro, os Correios passaram a ser tratados não como um patrimônio público estratégico, mas como um “problema” a ser resolvido pelo mercado. O discurso foi claro:

Empresa pública não funciona, tem que privatizar.”

Na prática, isso significou:

- Falta de investimentos em tecnologia e logística;

- Tentativas constantes de privatização;

- Enfraquecimento da imagem institucional da empresa;

- Desvalorização dos trabalhadores e da gestão técnica.

Criou-se um ambiente político de sabotagem, no qual a empresa era empurrada para o prejuízo para justificar sua venda futura.


3. O abandono da função estratégica dos Correios

Os Correios não são apenas uma empresa de entregas. Eles cumprem funções essenciais:

✓ Distribuição de livros didáticos;

✓ Entrega de provas do ENEM e concursos;

✓ Apoio a políticas públicas;

✓ Inclusão logística de regiões esquecidas pelo mercado.

Quando governos deixam de enxergar isso e passam a tratar a empresa apenas sob a lógica do lucro imediato, o resultado é previsível: crise operacional, financeira e institucional.


4. Crise fabricada

É importante dizer com clareza: a crise dos Correios não é prova de incompetência pública, mas consequência de:

- Concorrência predatória de grandes plataformas;

- Decisões políticas ideológicas;

- Falta de um projeto nacional de logística e soberania.

Enquanto Shopee e Mercado Livre lucram bilhões no Brasil, grande parte desse dinheiro não fica no país, não fortalece políticas públicas e não gera desenvolvimento equilibrado.

"A crise dos Correios é o retrato de um projeto que coloca o mercado acima do interesse público. Shopee e Mercado Livre representam o novo capitalismo digital; a extrema direita ofereceu o ambiente político ideal para desmontar o Estado; e os Correios ficaram no meio do fogo cruzado, carregando sozinhos a responsabilidade social que o setor privado se recusa a assumir."

Recuperar os Correios não é apenas uma decisão econômica — é uma escolha política sobre que país queremos construir.

..........

Anúncio, Divulgação 



sábado, 27 de dezembro de 2025

Salvar os Correios: por que a modernização da gestão é essencial para recuperar o mercado de entregas no Brasil

 


Por Evandro Brasil 

Correios: Eu defendo, de forma técnica e responsável, que salvar os Correios passa obrigatoriamente por modernizar a gestão, investir em tecnologia logística e romper com práticas políticas ultrapassadas que drenam recursos da empresa sem entregar resultados concretos à sociedade.

Os Correios sempre tiveram um papel estratégico no Brasil. São a única empresa logística com presença nacional plena, inclusive em regiões onde o setor privado não tem interesse econômico. Ainda assim, perderam espaço no mercado de entregas, especialmente com o crescimento acelerado do e-commerce, não por incapacidade operacional, mas por gestão ineficiente e decisões políticas equivocadas.


Correios e o mercado de entregas: um erro estratégico histórico

O setor de logística e transporte de encomendas é hoje um dos mais competitivos e tecnológicos do mundo. Roteirização inteligente, automação de centros de distribuição, rastreamento em tempo real e análise de dados são elementos básicos. Enquanto isso, os Correios ficaram presos a modelos antigos de administração e a uma estrutura excessivamente burocrática.

Na minha avaliação, um dos maiores problemas é a interferência política na gestão da empresa. Muitos políticos se preocupam mais em fazer indicações para cargos estratégicos do que em apresentar metas, indicadores de desempenho e compromisso com resultados. Esse modelo de aparelhamento sangra os recursos dos Correios, compromete a eficiência operacional e afasta a empresa da lógica moderna de mercado.

Empresa pública não pode ser tratada como espaço de acomodação política. Precisa ser tratada como ativo estratégico nacional.



Gestão profissional e meritocracia como ponto de virada

Defendo que os Correios adotem um modelo de gestão profissional, com critérios técnicos, metas claras e avaliação constante de desempenho. Isso significa:

✓ Fim de indicações políticas sem qualificação técnica

✓ Diretoria com experiência em logística, tecnologia e gestão empresarial

✓ Metas públicas de eficiência, prazo de entrega e redução de custos

✓ Transparência nos resultados

Sem isso, qualquer debate sobre privatização ou estatização se torna vazio. O problema central não é o modelo jurídico, mas a qualidade da gestão.



Transformação digital e logística inteligente

Não existe futuro para os Correios sem transformação digital. A empresa precisa operar como uma plataforma logística integrada, com uso intensivo de tecnologia:

✓ Big data para otimização de rotas

✓ Inteligência artificial para previsão de demanda

✓ Automação de centros de triagem

✓ Aplicativos modernos com rastreamento em tempo real

O crescimento do comércio eletrônico, dos marketplaces e dos pequenos empreendedores exige uma empresa ágil, flexível e conectada. Os Correios têm estrutura, capilaridade e marca. Falta gestão moderna.



Função social com sustentabilidade econômica

Outro ponto que faço questão de destacar é que eficiência e função social não são opostas. Pelo contrário. Um Correio forte economicamente consegue cumprir melhor sua missão pública, garantindo:

✓ Entregas em áreas remotas

✓ Apoio à saúde, educação e serviços públicos

✓ Inclusão logística para pequenos negócios

O que não pode continuar é o uso político da empresa, que gera prejuízo, sucateamento e discurso fácil, mas não resolve o problema real.



Salvar os Correios é uma decisão estratégica para o Brasil

Na minha visão, salvar os Correios é uma decisão estratégica para o desenvolvimento nacional. O Brasil precisa de uma empresa pública moderna, eficiente, tecnológica e blindada contra indicações políticas irresponsáveis.

Enquanto políticos se preocuparem mais com cargos do que com resultados, os Correios continuarão perdendo mercado. Quando a prioridade passar a ser gestão, tecnologia e compromisso com a população, a empresa pode — e deve — voltar a liderar o mercado de entregas no Brasil.

Defender os Correios não é defender o passado.

É defender um futuro logístico eficiente, soberano e a serviço do país.

...........

Anúncio, Divulgação 



sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Juros Altos, Inflação Controlada e o Avanço do Rentismo no Brasil



Por Evandro Brasil

Economia: Tenho acompanhado atentamente os dados da economia brasileira e, quanto mais observo, mais evidente fica uma contradição que precisa ser debatida com seriedade. Vivemos um momento de desemprego em queda, atividade econômica em movimento, bolsa de valores em alta e, ainda assim, convivemos com uma taxa de juros do Banco Central acima de 15% ao ano. Isso não é normal.

A inflação atual gira em torno de 4,46%, abaixo do que muitos economistas previam em nosso país. Aliás, é preciso dizer com clareza: boa parte das previsões inflacionárias, que essa gente fez, falhou. O aumento de preços foi menor do que o esperado, mesmo com a economia funcionando. Isso mostra que o discurso do “risco inflacionário iminente” não se confirmou na prática.

Ainda assim, o país segue refém de juros extremamente elevados, gerando um juro real superior aos 12% - que foi a referência prevista na promulgação de nossa Constituição Federal - um dos maiores do mundo. Essa política monetária não encontra respaldo sólido nos dados atuais e acaba produzindo efeitos perversos sobre a sociedade.


Quem ganha com juros altos?

A resposta é direta: o rentismo. Você já ouviu falar em rentismo?

Rentismo é um modelo econômico no qual o lucro não vem da produção, do trabalho, da inovação ou do empreendedorismo, mas sim da remuneração do dinheiro pelo próprio dinheiro. Em outras palavras, ganha mais quem vive de juros, títulos públicos, aplicações financeiras e especulação, sem gerar empregos, sem produzir bens ou serviços e sem movimentar a economia real. Essa taxa de juros faz com que os ricos fiquem cada vez mais ricos, enquanto os pobres, ficam cada vez mais pobres.

Quando a taxa de juros é mantida artificialmente alta, o Estado passa a transferir uma enorme quantidade de recursos públicos para esse grupo rentista, elevando cada vez mais a dívida publica É dinheiro que sai:

- do orçamento público,

- dos impostos pagos pela população,

- e do crédito, que fica mais caro para empresas e famílias, para garantir rentabilidade elevada ao capital financeiro.



O impacto na vida real

Enquanto o rentismo prospera, a economia produtiva sofre. Juros altos:

- dificultam o acesso ao crédito,

- travam investimentos,

- encarecem financiamentos,

- freiam o crescimento das pequenas e médias empresas,

- e limitam a geração de empregos de qualidade.

Ou seja, favorecem poucos e penalizam muitos.



Uma política desconectada da realidade

Defender juros acima de 15% com inflação controlada é insistir em uma lógica que não dialoga com a realidade social do país. Não se trata apenas de um debate técnico, mas de uma escolha política e econômica que define quem paga a conta e quem se beneficia.

O Brasil precisa urgentemente discutir um modelo de desenvolvimento que priorize:

- a produção,

- o emprego,

- a renda,

- e o crescimento sustentável, e não a perpetuação de um sistema que recompensa o rentismo e sufoca a economia real.

Enquanto essa discussão não for feita com transparência, seguiremos presos a uma política monetária que favorece o mercado financeiro e limita o futuro do nosso país.

...........

Anúncio, Divulgação 




domingo, 21 de dezembro de 2025

Não é perseguição, é responsabilidade: minha posição sobre o caso Sóstenes Cavalcante



Por Evandro Brasil 

Dinheiro em Casa: Falo aqui com a responsabilidade de quem acompanha a política brasileira há anos e acredita que mandato não é escudo contra a lei.

O caso envolvendo o deputado Sóstenes Cavalcante é grave e não pode ser tratado com narrativas prontas de perseguição política. Quando surgem indícios concretos, como a apreensão de R$ 430 mil em dinheiro vivo, a sociedade espera explicações técnicas, documentais e convincentes — não discursos ideológicos ou ataques genéricos à esquerda, ao Judiciário ou às instituições.

Até aqui, a tentativa de justificar a origem do dinheiro não convenceu. E não convenceu porque política séria não se sustenta em versões frágeis, mas em provas. Se o dinheiro é lícito, isso precisa ser demonstrado de forma clara, objetiva e transparente. Simples assim.

Caso fique comprovado o desvio de recursos públicos, espero — como cidadão — que a punição seja exemplar, independentemente de partido, cargo ou alinhamento ideológico. O Brasil já sofreu demais com a naturalização da corrupção seletiva, onde alguns são punidos e outros tentam se esconder atrás de bandeiras morais.

Há um agravante que não pode ser ignorado. Sóstenes se apresenta como representante político dos evangélicos, e ocupa posição de destaque nesse campo. Se as irregularidades forem confirmadas, não será apenas um parlamentar em falta — será alguém comprometendo a imagem de milhões de evangélicos honestos, que trabalham, pagam impostos e não se reconhecem nesse tipo de conduta.

Não se pode usar a fé como escudo político. Liderança religiosa exige exemplo, não contradição.

Também é público que Sóstenes é homem de confiança de Silas Malafaia e do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos. Isso torna o caso ainda mais relevante, porque expõe uma rede de influência que sempre se apresentou como defensora da moral, dos bons costumes e do combate à corrupção. Justamente por isso, a cobrança precisa ser maior, não menor.

Criticar essa conduta não é atacar a fé, nem criminalizar evangélicos. Pelo contrário: é defender a fé contra seu uso político indevido.

Se houver culpa, que a lei seja aplicada com rigor.

Se houver inocência, que ela seja provada com documentos.

O que não dá mais é aceitar que toda investigação vire “perseguição” e toda prova vire “narrativa”. Democracia se sustenta com verdade, responsabilidade e justiça.

.............

Anúncio, Divulgação 



domingo, 14 de dezembro de 2025

A retirada da escolta da deputada Talíria Petrone é um ato grave, covarde e inaceitável



Por Evandro Brasil 

Risco: A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, de retirar a escolta da Polícia Legislativa Federal da deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) não é apenas um erro administrativo: é um gesto político grave, irresponsável e perigoso.

Trata-se de uma parlamentar que sofre ameaças de morte desde o início do mandato, com investigações ainda em curso na Polícia Federal e na Polícia Civil. Não houve comunicação prévia, não houve apresentação de parecer técnico, não houve qualquer demonstração de que os riscos cessaram. Houve, sim, uma decisão unilateral, tomada no momento exato em que Talíria intensificou críticas à condução da Casa e se posicionou contra pautas defendidas pelo presidente da Câmara e seus aliados.

O timing fala por si. E, quando o contexto grita, o silêncio institucional se transforma em cumplicidade.

Em um país onde circulam milhões de armas nas mãos de pessoas desequilibradas, estimuladas por discursos de ódio e intolerância, retirar a proteção de uma parlamentar ameaçada é assumir, sim, responsabilidade direta por qualquer maldade que venha a ser cometida contra ela. Não se trata de retórica. Trata-se de realidade.

A presidência da Câmara não pode ser usada como instrumento de retaliação política. Divergência ideológica não autoriza colocar a vida de ninguém em risco. Isso ultrapassa qualquer disputa partidária e atinge o núcleo da democracia: o direito de exercer o mandato com segurança e liberdade.

É inaceitável que Hugo Motta e seus amiguinhos da extrema direita e do centrão normalizem esse tipo de prática. O Parlamento não pode se transformar em um espaço onde quem enfrenta o poder é punido com a própria vulnerabilidade física.

Essa atitude revela algo ainda mais profundo: a covardia política. A falta de empatia é, historicamente, uma característica comum nos covardes. E a covardia nunca foi, nem nunca será, compatível com a racionalidade e a responsabilidade que esperamos dos representantes do povo brasileiro.

Democracia não combina com intimidação. Divergência não se resolve com desproteção. E o cargo de presidente da Câmara exige grandeza — não vingança.

.............

Anúncio, Divulgação 



sábado, 13 de dezembro de 2025

Cultura, memória e orçamento público: por que não dizer não ao show de Roberto Carlos em Caxias

 


Por Evandro Brasil 

Cultura: Roberto Carlos fará um show gratuito em Duque de Caxias no dia 28 de dezembro. Confesso que esse anúncio despertou em mim sentimentos profundos. Lamento, do fundo do coração, que minha mãe e minha tia não estejam mais aqui para ver o Rei cantar ao vivo em nossa cidade. Para elas — e para tantos brasileiros — Roberto Carlos sempre foi mais do que um cantor: foi trilha sonora de vidas inteiras.

Nos últimos dias, alguns amigos têm me chamado no WhatsApp pedindo que eu me manifeste contra esse show. Pedem, inclusive, que eu diga que seria melhor investir em saúde do que realizar um evento cultural desse porte. Mas, sinceramente, como eu poderia, neste momento, dizer não ao show do Roberto Carlos em Caxias?

Minha formação básica é na área da Comunicação Social e da Produção de Eventos. Sou um ser forjado na cultura. Tenho profundo respeito por aqueles que fazem cultura e por tudo o que ela representa para uma sociedade. Cultura não é luxo, não é supérfluo: é identidade, é pertencimento, é memória coletiva.

O dinheiro que financia a cultura deve, sim, ser gasto com cultura. Da mesma forma, o dinheiro que financia a saúde deve ser gasto com saúde. O mesmo vale para a segurança pública, habitação, mobilidade urbana, segurança alimentar e tantas outras áreas essenciais. Para isso existe um instrumento fundamental chamado orçamento público, que prevê fontes, rubricas e destinações específicas para cada política pública.

Desde que haja transparência, planejamento e respeito ao orçamento, não vejo problema algum na prefeitura realizar um show com Roberto Carlos, João Gomes e Zeca Pagodinho — três ícones da música popular brasileira, cada um representando estilos diferentes e dialogando com públicos diversos.

Quanto ao investimento em saúde, é evidente que ele é fundamental e inegociável. Mas a população também precisa de cultura. Muitos duque-caxienses não enfrentam problemas graves de saúde, mas também não têm condições financeiras de pagar ingressos para assistir a um show dessas proporções. Levar cultura gratuitamente à população também é uma forma de inclusão social.

Aqui faço coro com meu amigo Vicente Portella e aproveito para conclamar os governantes a darem mais oportunidades aos músicos da nossa cidade, abrindo espaço para que talentos locais também se apresentem nos palcos dos eventos oficiais de Duque de Caxias. Cultura se fortalece quando valoriza o local sem deixar de dialogar com aquilo que é produzir em outras regiões do nosso Estado e do nosso País.

O que chama atenção — e chega a ser curioso — é que muitos dos que hoje criticam esse evento, até poucos dias atrás, mamavam nas tetas da prefeitura, ocupavam cargos e tratavam a coisa pública como extensão da vida privada. Agora, posam de fiscais da moral e do orçamento.

Minha autonomia intelectual e política me permite afirmar, sem constrangimento algum, que uma cidade com um orçamento anual em torno de 5 bilhões de reais pode, sim, bancar esse e outros grandes eventos. Mais do que isso: pode e deve investir em cultura como estratégia de valorização da cidade, fortalecimento da identidade local e fomento ao turismo em Duque de Caxias.

Saúde é prioridade. Cultura também é direito. Uma coisa não exclui a outra quando há seriedade, planejamento e compromisso com o interesse público.

............

Anúncio, Divulgação 



Ética: um dever inegociável de todo cidadão, sobretudo do homem público

 


Por Evandro Brasil 

Comportamento: A ética deveria ser um valor básico na vida de qualquer pessoa. Ela orienta comportamentos, define limites e sustenta a confiança nas relações sociais. No entanto, quando falamos de homens e mulheres que exercem cargos públicos, a ética deixa de ser apenas uma virtude desejável e passa a ser uma obrigação moral e institucional.

Vereadores, deputados, prefeitos, governadores, senadores, o presidente da República, ministros e secretários, em todas as esferas de governo, não representam apenas a si mesmos. Eles representam o Estado, as instituições e, sobretudo, o povo que os elegeu ou que é impactado diretamente por suas decisões. Por isso, espera-se dessas autoridades um comportamento exemplar, transparente e responsável.

Infelizmente, o que temos visto com frequência é o oposto. O caso do deputado Filipe Poubel, acusado de apresentar um atestado médico falso para não comparecer a uma audiência judicial, é mais um episódio que escancara o desrespeito às leis e à ética pública. Ainda que as acusações precisem ser apuradas com rigor e respeito ao devido processo legal, o simples fato de existirem já causa enorme desgaste à imagem do Parlamento e aprofunda a descrença da população na política.

Esse não é um caso isolado. Muitos parlamentares são flagrados mentindo deliberadamente, distorcendo fatos e divulgando notícias falsas para enganar a população, ganhar engajamento nas redes sociais ou atacar adversários políticos. A mentira, que deveria ser reprovada em qualquer ambiente, tornou-se uma ferramenta recorrente na atuação de parte da classe política. E isso é extremamente grave.

A disseminação de fake news por agentes públicos corrói a democracia, enfraquece as instituições e gera um ambiente de desinformação que prejudica diretamente a sociedade. Quando um parlamentar mente, ele não comete apenas uma falha moral; ele trai a confiança de quem o elegeu e compromete o funcionamento do Estado democrático de direito.

É urgente que a ética volte a ser um princípio norteador da vida pública. Isso passa pela atuação firme da Justiça, dos órgãos de controle e das próprias Casas Legislativas, que não podem ser coniventes com comportamentos antiéticos. Mas passa, principalmente, pela consciência e pela pressão da sociedade.

O Brasil não precisa de políticos perfeitos, mas precisa, com urgência, de políticos honestos, responsáveis e comprometidos com a verdade. Sem ética, a política não é legítima. Sem ética, não há democracia saudável. E sem ética na vida pública, quem paga a conta, mais uma vez, é o povo.

.............

Anúncio, Divulgação



sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

A Verdade Sobre o Orçamento Secreto: Até Onde Vai a Impunidade?

Tuca, alvo de operação da PF na câmara dos deputados federais. Funcionária da liderança do PP na câmara e ex-assessora de Arthur Lira. Reprodução. Investigações apontam que ela desempenhava papel relevante na liberação de recursos das emendas secretas.

Por Evandro Brasil 

Brasília: Quando li no jornal sobre a operação da Polícia Federal que teve como alvo a assessora parlamentar ligada ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, confesso que fiquei surpreso. Não apenas pelo fato em si, mas pelo tamanho do impacto político que essa ação provocou dentro do próprio Congresso Nacional. A cada nova revelação, fica evidente que há algo muito mais profundo e obscuro por trás da distribuição das emendas do chamado orçamento secreto.

O que me chama atenção é esse “clima de guerra” que muitos parlamentares insistem em mencionar. Guerra por quê? Guerra entre quem? Para mim, soa muito mais como um desespero de quem teme que a verdade finalmente venha à tona. Quando deputados dizem que “muita gente está preocupada”, isso, por si só, já é revelador.

A reação de alguns congressistas contra o ministro Flávio Dino também expõe um incômodo evidente. Parece que, para certos setores, investigar é uma afronta; punir é perseguição; e exigir transparência é quase um crime. Essa narrativa serve apenas para proteger velhos interesses e manter a velha política funcionando.

E o que dizer da situação política da Câmara nesta semana? Transformaram a cassação de Glauber Braga em suspensão, enquanto livraram Carla Zambelli. Tudo isso reforça a sensação de que o Centrão opera conforme seus próprios interesses — e não conforme a moralidade que o povo brasileiro espera.

A assessora apontada como peça-chave de toda essa engrenagem é descrita como “querida” e eficiente intermediária de pedidos. O problema é que eficiência, sem transparência, pode virar instrumento de favorecimento. E as anotações encontradas pela PF, que mostram recursos sendo destinados segundo conveniências privadas e não projetos sérios, deixam tudo ainda mais grave.

Eu penso, sinceramente, que as investigações precisam ir até o fundo — sem medo, sem blindagem e sem acordos de bastidores. O Brasil já pagou um preço alto demais pela impunidade de uns poucos. Agora, é hora de responsabilizar todos aqueles que agiram à margem da lei. Seja quem for.

Afinal, o dinheiro público pertence ao povo — e não aos donos do orçamento secreto.

..............

Anúncio, Divulgação 



terça-feira, 25 de novembro de 2025

Consultoria Especializada para Monografia e Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)



Por Evandro Brasil 

Serviço Especializado: Se você está na fase final da graduação ou pós-graduação e precisa de apoio para desenvolver seu TCC, monografia, artigo ou projeto acadêmico, conte com uma consultoria completa, ética e personalizada.

Ofereço suporte em todas as etapas do seu trabalho, incluindo:

✔ Definição do tema e problema de pesquisa

✔ Formulação de objetivos e justificativa

✔ Elaboração do referencial teórico

✔ Metodologia científica passo a passo

✔ Análise e interpretação de dados

✔ Normalização ABNT / Vancouver / APA

✔ Revisão textual e aprimoramento da escrita

✔ Orientação para apresentação e defesa do TCC


💡 Por que contar com minha consultoria?

🔹 Acompanhamento individual

🔹 Clareza, organização e metodologia aplicada

🔹 Redução de estresse e ganho de tempo

🔹 Suporte até a entrega final


🎓 Ideal para estudantes de graduação, tecnólogos e pós-graduação.

Se você deseja segurança, qualidade e um trabalho acadêmico impecável, fale comigo e vamos transformar seu TCC em um projeto de excelência!


📲 Entre em contato agora e agende uma consultoria.

Whatsapp (21) 96594-2828


.........

Anúncio, Divulgação 



O Brasil como Exemplo Positivo de Resiliência Democrática

Evandro Brasil - Praça dos Três Poderes - Brasília/DF

Por Evandro Brasil 

Democracia: Em vários momentos de crise, as instituições brasileiras demonstraram resiliência, atuando em defesa da Constituição de 1988.

1. O Processo de Impeachment de 1992 (Collor): Foi um marco. Apesar da turbulência, o processo seguiu os ritos constitucionais, com ampla participação do Congresso Nacional e da sociedade civil (os "Caras-Pintadas"). Mostrou que nenhum cargo é intocável e que a lei deve prevalecer. Foi um exemplo para o mundo de uma transição de poder por meios legais, e não por um golpe.

2. A Atuação do Supremo Tribunal Federal (STF): Nos últimos anos, o STF tem se colocado de forma assertiva como guardião da Constituição. Suas decisões em defesa:

- Do Sistema Eleitoral: A confiança nas urnas eletrônicas e a rápida diplomação do presidente Lula em 2022, mesmo sob intensa pressão e ataques sem fundamento.

- Das Instituições Democráticas: A investigação e a atuação contra os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, que buscaram subverter a ordem constitucional.

- Dos Direitos Fundamentais: A Corte tem sido um pilar na proteção de direitos minoritários e sociais previstos na Carta Magna.

3. A Reação aos Ataques de 8 de Janeiro de 2023: A rápida e firme resposta dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) para recompor a ordem, prender os responsáveis e reafirmar a autoridade das instituições democráticas foi observada internacionalmente como uma demonstração de força do Estado de Direito.


O Outro Lado da Moeda: Lições sobre Vulnerabilidades

No entanto, a história recente também mostra que a democracia brasileira é frágil e que o perigo de ataques por parte de políticos e militares é real. Nesse sentido, o Brasil também serve como um "alerta" ou um "caso de estudo" sobre os riscos que as democracias modernas enfrentam.

1. Ameaças à Ordem Democrática: Os eventos que levaram aos ataques de 8 de janeiro evidenciaram como narrativas antidemocráticas, alimentadas por figuras políticas de alto escalão e com a simpatia de parte das Forças Armadas, podem colocar em risco a estabilidade do país. Isso é um exemplo negativo que ecoa tendências globais.

2. A Tensão Histórica com os Militares: A história do Brasil é marcada pela intervenção militar na política (como no Golpe de 1964). A relação entre o poder civil e o militar sempre foi um ponto de atenção. A recente politização de parte da caserna e questionamentos públicos sobre o processo eleitoral mostraram que essa ferida histórica ainda não está totalmente cicatrizada.

3. A Luta Contra a Corrupção e seus Efeitos Colaterais: Operações como a Lava Jato, embora inicialmente celebradas como um exemplo de combate à corrupção, posteriormente revelaram, através de vazamentos (como os da Vaza Jato), métodos questionáveis e um viés político que, para muitos analistas, abalou a estabilidade democrática e contribuiu para a polarização.

Por fim, podemos concluir que a democracia do Brasil e o seu sistema de justiça são, portanto, um exemplo complexo e em constante evolução. Por um lado, o país oferece um exemplo de resiliência, mostrando ao mundo que mesmo em meio a crises profundas e ataques frontais, é possível que as instituições (como o STF, o TSE e o Congresso) se unam para defender a Constituição e garantir a continuidade do Estado Democrático de Direito. O Brasil serve como um alerta sobre como a desinformação, o populismo autoritário e a erosão da confiança nas instituições podem abrir espaço para que políticos e setores das Forças Armadas tentem subverter a ordem legal. Em resumo, a atuação brasileira na defesa da Constituição é uma história de sucesso relativo e de luta contínua. O país não é um exemplo de democracia consolidada e tranquila, mas sim um laboratório vivo e, por vezes, turbulento, de como uma democracia jovem luta para se manter viva e forte contra suas próprias vulnerabilidades internas. O mundo observa o Brasil não só para aprender com seus acertos, mas também para compreender os perigos que ameaçam as democracias no século XXI.


.......

Anúncio, Divulgação 



sexta-feira, 14 de novembro de 2025

A Divergência Ideológica é um Pilar da Democracia — Mas o Ódio na Política é Inaceitável

Evandro Brasil, opinião sobre a divergência ideológica e o ódio na política 

Por Evandro Brasil 

Política: Vivemos um momento delicado no Brasil, em que muitas pessoas confundem divergência ideológica com inimizade. Para mim, é importante reforçar algo que deveria ser óbvio: pensar diferente não é um problema — é um dos pilares mais valiosos da nossa democracia. Sempre acreditei que opiniões diversas enriquecem o debate público, iluminam pontos cegos e nos ajudam a enxergar o país sob múltiplas perspectivas.

A democracia foi construída justamente para que ideias coexistam. Não precisamos concordar em tudo. Aliás, seria até perigoso se todos pensássemos igual. O debate saudável é o que move a sociedade para frente.

Mas, infelizmente, o que tenho assistido nos últimos anos ultrapassa qualquer limite do razoável. Não estamos falando apenas de divergências políticas; estamos falando de ódio organizado, de um discurso agressivo e intolerante que tenta transformar adversários políticos em inimigos pessoais. E isso, para mim, é inaceitável.

Quando a política deixa de ser o território do diálogo e se transforma em um campo de guerra emocional, todos perdem. As instituições perdem. As famílias perdem. A população perde. O Brasil perde.

Eu me recuso a aceitar que o debate público seja reduzido a gritos, ofensas, desinformação e ataques gratuitos. A política deveria ser o espaço onde construímos soluções, não onde aprofundamos feridas.

Por isso, reafirmo minha posição: a divergência ideológica é saudável — o ódio não é. Discordar faz parte; desumanizar o outro, não.

Precisamos resgatar o espírito democrático que permite conversar, discordar, aprender e, acima de tudo, respeitar. Só assim construiremos um país mais justo, mais equilibrado e realmente preparado para os desafios do nosso tempo.

......

Anúncio, Divulgação 




quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Minha opinião sobre a aprovação do projeto de lei que isenta quem ganha até 5 mil reais do IRPF



Por Evandro Brasil 

IRPF: Eu considero extremamente positiva a aprovação deste projeto de lei que isenta do Imposto de Renda quem recebe até 5 mil reais por mês.

Essa medida representa alívio financeiro real para milhões de brasileiros que hoje vivem apertados, pagando contas, impostos e tentando sobreviver com salários que mal acompanham o custo de vida.

É uma forma de devolver um pouco da dignidade para quem trabalha, produz e movimenta a economia.

A justiça tributária começa por aí: taxar menos quem ganha pouco e taxar mais quem concentra renda.

Além disso, essa proposta tem potencial para estimular o consumo, aumentar a circulação de dinheiro no mercado interno e fortalecer pequenos negócios — gerando mais emprego, mais renda e mais oportunidade.

É uma medida correta, necessária e que — se aplicada de forma responsável — ajuda a construir um país mais justo, com um sistema tributário mais humano e menos opressor para o trabalhador brasileiro.

Eu apoio!



Eu apoio totalmente a investigação da Polícia Federal contra as organizações criminosas que atuam no Rio de Janeiro.



Por Evandro Brasil 

Polícia Federal: O crime organizado fragiliza o Estado, amedronta a população, destrói famílias, impede o desenvolvimento de regiões inteiras e ameaça a liberdade de ir e vir do cidadão comum.

É fundamental que exista investigação séria, independente, técnica e contínua — protegendo o interesse público, sem interferência política, sem acordos obscuros, sem “vista grossa”.

Quando o crime cresce, o povo perde.

Quando o crime é enfrentado com inteligência, o povo ganha segurança, dignidade e esperança.

Que a PF possa trabalhar com autonomia, de forma firme, transparente e com resultado — e que o Estado não seja refém de facções, milícias ou qualquer grupo que desafie a lei.

Eu apoio a responsabilidade, a justiça e o combate ao crime.



domingo, 26 de outubro de 2025

O TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO NAS ATIVIDADES DE LOGÍSTICA

Foto de Arquivo: ilustra a importância da Segurança do Trabalho nas operações logística.

Análise técnica das atribuições, responsabilidades e observância às normas regulamentadoras

Por Evandro Brasil 


Resumo

O presente estudo tem como objetivo analisar o papel do técnico em segurança do trabalho no setor logístico, destacando suas atribuições, competências e a importância da aplicação das Normas Regulamentadoras (NRs) vigentes. A logística envolve uma série de processos operacionais que apresentam riscos ocupacionais significativos, desde o armazenamento e a movimentação de cargas até o transporte e a distribuição. A atuação do técnico é essencial para garantir a integridade física dos trabalhadores, o cumprimento da legislação trabalhista e a manutenção de um ambiente laboral seguro e produtivo.


1. Introdução

As atividades logísticas são indispensáveis ao desenvolvimento econômico e industrial, porém, apresentam riscos consideráveis à saúde e à segurança dos trabalhadores. A movimentação de materiais, o manuseio de equipamentos pesados e o transporte de cargas demandam planejamento, treinamento e controle técnico rigoroso. Nesse contexto, o técnico em segurança do trabalho atua de forma preventiva, orientando, fiscalizando e promovendo ações que visam à mitigação de acidentes e doenças ocupacionais, em conformidade com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e as Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego.


2. Atribuições do Técnico em Segurança do Trabalho

O profissional é responsável por identificar, avaliar e controlar os riscos ambientais existentes nas operações logísticas. Suas funções incluem:

Elaborar e implementar programas de prevenção de riscos, como o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e o Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT);

Promover a capacitação contínua dos trabalhadores quanto ao uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs);

Garantir a adequação das operações de movimentação, armazenagem e transporte às NR 11 (Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais) e NR 12 (Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos).

Essas ações reduzem significativamente os índices de acidentes e melhoram o desempenho operacional das empresas.


3. Segurança nas Operações Logísticas

As operações logísticas envolvem múltiplos riscos: quedas de altura, atropelamentos por empilhadeiras, esmagamentos, choques elétricos e esforços repetitivos. O técnico em segurança deve:

Realizar inspeções periódicas de segurança em armazéns e pátios de carga;

Aplicar medidas de ergonomia (NR 17), visando prevenir lesões osteomusculares;

Monitorar as condições de manutenção de veículos e equipamentos;

Implementar sistemas de sinalização e controle de tráfego interno;

Supervisionar o carregamento e descarregamento, assegurando que as cargas estejam devidamente fixadas e equilibradas.


4. Treinamento e Conscientização dos Trabalhadores

A formação continuada é um dos pilares da segurança. O técnico deve ministrar treinamentos regulares sobre comportamento seguro, prevenção de incêndios (NR 23) e atendimento a emergências. As campanhas educativas e os Diálogos Diários de Segurança (DDS) reforçam a cultura de prevenção e reduzem a reincidência de condutas inseguras.


5. Cumprimento Legal e Responsabilidade Técnica

O não cumprimento das normas de segurança pode resultar em autuações, interdições e responsabilização civil e penal. Assim, o técnico em segurança do trabalho deve manter registros técnicos, relatórios de inspeção e laudos atualizados, garantindo conformidade com as exigências legais e auditorias de órgãos fiscalizadores.


6. Considerações Finais

A atuação do técnico em segurança do trabalho na logística é estratégica para o funcionamento sustentável das empresas. Além de assegurar a integridade dos trabalhadores, contribui para a redução de custos com afastamentos, indenizações e danos materiais. O cumprimento das normas regulamentadoras e a implementação de uma cultura organizacional voltada à segurança fortalecem a imagem institucional e aumentam a produtividade.



Referências Bibliográficas (ABNT NBR 6023:2018)

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais. Brasília: MTE, 2019.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. Brasília: MTE, 2020.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 17 – Ergonomia. Brasília: MTE, 2021.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 23 – Proteção Contra Incêndios. Brasília: MTE, 2019.

BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Brasília: Diário Oficial da União, 1943.

COUTO, Hudson de Araújo. Ergonomia Aplicada ao Trabalho: O Manual Técnico da Empresa Moderna. 4. ed. Belo Horizonte: Ergo, 2020.

SANTOS, J. P. dos; BARBOSA, M. R. Segurança do Trabalho: Fundamentos, Legislação e Práticas Preventivas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2021.



Palavra do autor 

Escrever sobre a importância do técnico em segurança do trabalho nas atividades de logística é, para mim, mais do que uma análise técnica — é um compromisso com a vida, a ética e a valorização do trabalho humano. Ao longo da minha trajetória acadêmica e profissional, tenho presenciado como a segurança do trabalho é um pilar essencial não apenas para o bom desempenho das empresas, mas, sobretudo, para a dignidade e o bem-estar dos trabalhadores que movimentam a economia do país.

A logística moderna, com seus fluxos intensos de transporte, armazenagem e distribuição, exige profissionais preparados, atentos às Normas Regulamentadoras (NRs) e comprometidos com a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Nesse cenário, o técnico em segurança do trabalho assume um papel estratégico: ele é o elo entre a produtividade e a preservação da vida. Sua atuação técnica e preventiva garante que cada processo logístico ocorra de forma segura, sustentável e em conformidade com a legislação vigente.

O estudo aqui apresentado reúne conceitos fundamentais, práticas recomendadas e interpretações normativas atualizadas, buscando oferecer ao leitor — estudante, profissional ou gestor — uma visão ampla e aplicada da segurança na logística. A intenção é promover a consciência crítica, o rigor técnico e o comprometimento ético que devem orientar a atuação de todo profissional da área.

Além da teoria, esta obra valoriza a formação humana e o sentido social da profissão. Acredito que a verdadeira segurança do trabalho nasce da educação, do diálogo e da cooperação entre todos os níveis da organização. Um ambiente seguro é fruto de uma cultura construída diariamente, com respeito, conhecimento e responsabilidade compartilhada.

Espero que este material sirva como fonte de estudo, reflexão e aprimoramento técnico. Que ele inspire novos profissionais a compreenderem que, antes de qualquer norma ou equipamento, a segurança é um valor humano inegociável.

Se você tem interesse em se tornar um Técnico em Segurança do Trabalho ou quer contratar um profissional habilitado em Segurança do Trabalho, envie um email: evandrobrasil2008@gmail.com.

Com gratidão e compromisso com a educação e a cidadania,


Prof. Evandro Brasil

Especialista em Educação e Saúde

Instituto Evandro Brasil – INEB

Av. Duque de Caxias, 207, sala 114 – Centro – Duque de Caxias/RJ

#Cidadania #Cidadania23 #Ineb #EvandroBrasil #InstitutoEvandroBrasil


terça-feira, 21 de outubro de 2025

Medo, Dor e Silêncio: Até Quando Viveremos Assim?

 

Polícia, encontra cemitério clandestino no Morro do Jordão região Sudoeste

Por Evandro Brasil 

Policial: Hoje li, com profunda tristeza, a matéria publicada pelo Jornal O Dia sobre a descoberta de um cemitério clandestino utilizado pelo Comando Vermelho no Morro do Jordão, entre o Tanque e a Taquara, no Rio de Janeiro. Policiais civis encontraram ossadas de pelo menos duas pessoas — vítimas de uma realidade cruel, que aprisiona famílias inteiras no medo e no silêncio.

Enquanto lia a notícia, não consegui deixar de pensar nas mães que ainda esperam por um filho desaparecido, nas famílias que vivem entre o desespero e a esperança, e em todos aqueles que perderam o direito de viver em paz. Essa tragédia é mais do que um episódio policial; é o retrato de um Estado ausente e de uma sociedade adoecida pela violência.

Há anos, o Rio de Janeiro convive com a normalização do medo. Acordamos e dormimos ao som de tiros, aprendemos a mapear rotas seguras e a evitar certos horários ou caminhos. Isso não é vida — é sobrevivência. E sobreviver não deveria ser o destino de um povo tão forte, trabalhador e cheio de sonhos.

O que mais me preocupa é o quanto essa situação vem aprisionando as famílias. O medo virou companheiro constante, o luto é cotidiano e o silêncio se tornou uma forma de defesa. A violência não atinge apenas quem morre, mas também quem fica — e carrega para sempre as marcas da ausência, da injustiça e da impotência.

É urgente que a sociedade e as autoridades olhem com sensibilidade para essa realidade. Não podemos aceitar que cemitérios clandestinos existam no coração de nossas comunidades. Não podemos aceitar que vidas sejam descartadas como se não tivessem valor.

Que essa descoberta sirva como um grito de alerta — e não como mais uma manchete esquecida.

Enquanto houver medo, haverá resistência.

Enquanto houver dor, precisamos continuar falando.


#Cidadania #Cidadania23 #Ineb #EvandroBrasil #InstitutoEvandroBrasil


sábado, 18 de outubro de 2025

Uma ferida aberta na sociedade: o idoso que ainda é escravizado

Foto de Arquivo: mãos de mulher negra, idosa que realiza trabalhos domésticos 

Por Evandro Brasil

Covardia: Ao ler a reportagem, no jornal O Dia, sobre a trabalhadora doméstica de 79 anos resgatada de uma situação análoga à escravidão, em Padre Miguel, senti uma profunda indignação. Em pleno século XXI, ainda presenciamos casos de pessoas idosas vivendo em condições desumanas, privadas de seus direitos mais básicos. E o mais revoltante: essa mulher dedicou mais de 50 anos da sua vida a uma mesma família, sem carteira assinada, sem férias, sem descanso, sem dignidade.

Outubro é o mês do idoso, um período dedicado à valorização, ao respeito e à defesa de quem construiu com suor e sacrifício o caminho que hoje trilhamos. No entanto, diante de situações como essa, precisamos reconhecer que ainda falhamos — como sociedade, como Estado e como seres humanos.

O trabalho análogo à escravidão é uma ferida aberta na nossa história, e quando ele recai sobre um idoso, torna-se ainda mais doloroso. Estamos falando de alguém que, ao invés de receber cuidado e reconhecimento, foi submetido a uma jornada exaustiva, sem folgas, dormindo ao lado da patroa, cuidando de uma pessoa centenária mesmo enfrentando problemas cardíacos e de mobilidade. Isso não é apenas uma violação trabalhista — é uma agressão à dignidade humana.

É urgente que todos nós — cidadãos, instituições e autoridades — nos unamos em defesa dos idosos. Denunciar é um ato de empatia e coragem. O silêncio, ao contrário, é cúmplice da injustiça. Que este caso sirva de alerta e de reflexão: o envelhecimento precisa ser acompanhado de respeito, cuidado e proteção.

A violência contra o idoso, seja física, psicológica, financeira ou moral, é um crime que destrói o tecido social e nos desumaniza. Precisamos agir com firmeza, fortalecer as políticas públicas e criar uma cultura de valorização da terceira idade.

Neste mês do idoso, deixo aqui o meu apelo: respeitar e proteger nossos idosos é respeitar o nosso próprio futuro. Que a voz dessa trabalhadora — silenciada por décadas — ecoe em cada um de nós como um grito por justiça, dignidade e amor ao próximo.


#Cidadania #Cidadania23 #Ineb #EvandroBrasil #InstitutoEvandroBrasil #MêsDoIdoso #DireitosHumanos #JustiçaSocial #TrabalhoEscravoNuncaMais


Divulgação 




domingo, 12 de outubro de 2025

Os Ventos da Política em Duque de Caxias Estão Mudando

Evandro Brasil fala sobre a cidade de Duque de Caxias 

Por Evandro Brasil 

Duque de Caxias: Nos últimos meses, tenho observado com atenção — e certa preocupação — as movimentações políticas aqui em Duque de Caxias. É impossível não notar a mudança de postura de alguns vereadores que, até pouco tempo atrás, eram defensores fervorosos da família de Washington Reis e hoje se tornaram críticos duros do governo do prefeito Netinho Reis, seu sobrinho.

Essa virada repentina não passa despercebida aos olhos da população. A política caxiense, como um espelho da sociedade, reflete interesses, alianças e rupturas que muitas vezes fogem da compreensão do cidadão comum. O que teria levado tantos antigos aliados a se voltarem contra a atual gestão? Seria descontentamento real com a administração ou apenas o jogo político que se repete a cada novo ciclo eleitoral?

Confesso que esse cenário me preocupa. Quando a política se torna palco de disputas pessoais e trocas de poder, quem perde é sempre o povo — aquele que espera resultados, melhorias, transparência e compromisso com o desenvolvimento da cidade. Duque de Caxias precisa de estabilidade, planejamento e diálogo verdadeiro, não de brigas entre grupos que, ontem, dividiam o mesmo palanque.

Apesar de tudo, mantenho meu otimismo. Acredito que os ventos da política, por mais turbulentos que sejam, podem conduzir nossa cidade a um novo momento — desde que a população participe, questione e cobre coerência de seus representantes. A política só muda quando o povo deixa de ser espectador e passa a ser protagonista.

Duque de Caxias merece mais do que disputas internas. Merece gestores comprometidos, vereadores atuantes e cidadãos conscientes. Que essa crise de lealdades sirva de alerta para todos nós: é hora de repensar o rumo da nossa cidade e exigir uma política feita com propósito e verdade.


#DuqueDeCaxias #PolíticaCaxiense #Cidadania #EvandroBrasil #InstitutoEvandroBrasil #Cidadania23


quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Proposta do aplicativo Rota Fixa

Foto de: motorista por aplicativo 

Por Evandro Brasil 

Transportes: Confesso que fiquei realmente surpreso quando conheci a proposta do aplicativo de transporte de passageiros Rota Fixa. Em meio a tantos modelos já consolidados no mercado, encontrar um projeto que surge com uma visão diferente e inovadora me chamou muito a atenção.

O que mais me impressionou foi a forma como o aplicativo busca valorizar tanto os passageiros quanto os motoristas. Para os motoristas pioneiros, há uma promoção de lançamento que garante uma mensalidade fixa, sem cobrança de percentual sobre corridas nos primeiros meses. Essa é uma medida que traz previsibilidade financeira, segurança e atratividade para quem deseja iniciar na plataforma.

Já para os passageiros, o Rota Fixa apresenta vantagens como a possibilidade de cadastro rápido, link de indicação para convidar amigos e integração com WhatsApp automatizado, que facilita a comunicação, os atendimentos e até o acompanhamento de informações diretamente pelo aplicativo. Além disso, a plataforma oferece uma área administrativa que garante mais controle, transparência e eficiência na gestão.

Esse conjunto de benefícios mostra que o Rota Fixa chega para se consolidar como uma alternativa justa, moderna e acessível no setor de mobilidade urbana. É uma proposta que pode realmente transformar a forma como pensamos os transportes de passageiros na nossa região.

Estou animado para acompanhar essa jornada e ver de perto os próximos passos desse projeto promissor.

O lançamento oficial será entre os dias 15 e 20 de outubro nas cidades: Duque de Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti, Itaboraí, São Gonçalo e Magé.

#RotaFixa #TransporteInteligente #MobilidadeUrbana #AppDeTransporte #MotoristaParceiro #PassageiroConectado #Inovação #Tecnologia #Cidadania #Cidadania23 #Ineb #EvandroBrasil #InstitutoEvandroBrasil




sábado, 20 de setembro de 2025

C-390 Millennium e a Alerta de Ciro Gomes: O Futuro da Nossa Tecnologia

Foto de Arquivo: Aeronave KC 390 da Embraer

Por Evandro Brasil 

Hoje li a notícia de que a Embraer anunciou que o cargueiro militar KC-390 passará a ser vendido como C-390 Millennium, após o acordo com a americana Boeing. A joint venture que deve cuidar da comercialização foi batizada de Boeing Embraer – Defense.

Como brasileiro, não posso negar o orgulho que sinto de ver a Embraer ser reconhecida no mundo todo por sua capacidade de inovação. O KC-390 é um símbolo da nossa tecnologia e da competência da indústria nacional. Mas, ao mesmo tempo, não consigo ignorar os riscos que esse acordo representa.

O ex-ministro Ciro Gomes tem alertado que essa aliança com a Boeing é mais um golpe da indústria norte-americana contra a nossa economia. E eu concordo com essa preocupação. Entregar parte da nossa tecnologia para uma potência estrangeira pode significar abrir mão da autonomia conquistada ao longo de décadas. O Brasil corre o risco de perder o controle de um dos seus maiores patrimônios industriais e estratégicos.

Nesse contexto, acredito que o presidente Lula precisa intervir para que o Brasil não entregue de bandeja sua soberania tecnológica. O que está em jogo não é apenas um avião, mas o futuro da nossa capacidade de desenvolver projetos de defesa de forma independente.

O C-390 Millennium tem tudo para ser um sucesso mundial, mas precisamos garantir que esse sucesso não venha acompanhado da perda da nossa autonomia. A Embraer é orgulho nacional, e cabe a nós proteger esse legado.


sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Quando o lar deixa de ser seguro: reflexões sobre a violência contra mulheres

Um estudo sobre a violência de gênero , violência doméstica e o feminicidio 

Por Evandro Brasil 

Covardia: Escrever sobre violência de gênero, violência doméstica e feminicídio nunca é simples. Como homem, pai e cidadão, sinto a responsabilidade de dar voz a um problema que não pode mais ser tratado como algo “normal” em nossa sociedade. Recentemente publiquei um artigo, “Violência de gênero, violência doméstica e feminicídio: Uma revisão bibliográfica sobre definições, evolução, prevalência, legislação e prevenção” (Brasil, 2025), que reuniu dados, legislações e reflexões sobre o tema. Mas hoje quero escrever em tom mais pessoal, convidando você, leitor, a refletir comigo.

O que descobri ao mergulhar nesse tema é devastador: a Organização Mundial da Saúde confirma que uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física e/ou sexual. Mais chocante ainda é constatar que o lugar mais perigoso para muitas delas não é a rua, mas sim a própria casa, onde deveriam estar protegidas. No Brasil, os números continuam alarmantes — estupros reportados batem recordes, e os feminicídios seguem sendo uma triste realidade diária.

Conversei com especialistas em saúde pública e segurança, e todos apontam para a mesma direção: não existe uma causa única. A violência nasce de uma combinação de desigualdades de gênero, falta de políticas eficazes, silêncio e impunidade. Como me disse uma psicóloga que atua em abrigos: “Cada vez que uma mulher não é ouvida em sua denúncia, reforçamos a sensação de que sua vida não importa.”

Ouvir familiares de vítimas de feminicídio foi ainda mais duro. Uma mãe que perdeu a filha para o ex-companheiro me disse: “Ela pediu ajuda tantas vezes… mas ninguém acreditou no risco que ela corria. Agora, a minha luta é para que outras mães não sintam a mesma dor.” Essas vozes ecoam em minha mente como um lembrete de que estamos falhando como sociedade.

É verdade que avançamos: a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio e a Lei 14.188/2021, que criminaliza a violência psicológica, são conquistas importantes. Mas, como bem ressaltam especialistas, leis sem investimento em prevenção, acolhimento e capacitação de profissionais se tornam frágeis. Precisamos de escolas que eduquem para a igualdade, de campanhas permanentes e não apenas sazonais, de serviços de proteção que funcionem de verdade.

Não escrevo este texto apenas como pesquisador, mas como alguém que acredita que transformar essa realidade exige compromisso coletivo. Precisamos falar sobre isso nas casas, nas escolas, nas igrejas, nas empresas, nos parlamentos. O silêncio nunca protegeu ninguém — pelo contrário, ele alimenta a violência.

Concluo este texto com uma certeza: a luta contra a violência de gênero não é apenas das mulheres, mas de todos nós. Se quisermos um futuro mais justo, seguro e humano, precisamos transformar a indignação em ação.

📌 Que tal começarmos agora, compartilhando informação e apoiando mulheres ao nosso redor?


#ChegaDeViolência #PeloFimDoFeminicídio #MariaDaPenha #DireitosHumanos #Respeito #IgualdadeDeGênero #Cidadania #Cidadania23 #Ineb #EvandroBrasil #InstitutoEvandroBrasil


A crise operacional, financeira e institucional que afeta os Correios

Por Evandro Brasil  Correios: A crise dos Correios não aconteceu por acaso nem pode ser explicada por um único fator. Ela é resultado da co...