sábado, 18 de outubro de 2025

Uma ferida aberta na sociedade: o idoso que ainda é escravizado

Foto de Arquivo: mãos de mulher negra, idosa que realiza trabalhos domésticos 

Por Evandro Brasil

Covardia: Ao ler a reportagem, no jornal O Dia, sobre a trabalhadora doméstica de 79 anos resgatada de uma situação análoga à escravidão, em Padre Miguel, senti uma profunda indignação. Em pleno século XXI, ainda presenciamos casos de pessoas idosas vivendo em condições desumanas, privadas de seus direitos mais básicos. E o mais revoltante: essa mulher dedicou mais de 50 anos da sua vida a uma mesma família, sem carteira assinada, sem férias, sem descanso, sem dignidade.

Outubro é o mês do idoso, um período dedicado à valorização, ao respeito e à defesa de quem construiu com suor e sacrifício o caminho que hoje trilhamos. No entanto, diante de situações como essa, precisamos reconhecer que ainda falhamos — como sociedade, como Estado e como seres humanos.

O trabalho análogo à escravidão é uma ferida aberta na nossa história, e quando ele recai sobre um idoso, torna-se ainda mais doloroso. Estamos falando de alguém que, ao invés de receber cuidado e reconhecimento, foi submetido a uma jornada exaustiva, sem folgas, dormindo ao lado da patroa, cuidando de uma pessoa centenária mesmo enfrentando problemas cardíacos e de mobilidade. Isso não é apenas uma violação trabalhista — é uma agressão à dignidade humana.

É urgente que todos nós — cidadãos, instituições e autoridades — nos unamos em defesa dos idosos. Denunciar é um ato de empatia e coragem. O silêncio, ao contrário, é cúmplice da injustiça. Que este caso sirva de alerta e de reflexão: o envelhecimento precisa ser acompanhado de respeito, cuidado e proteção.

A violência contra o idoso, seja física, psicológica, financeira ou moral, é um crime que destrói o tecido social e nos desumaniza. Precisamos agir com firmeza, fortalecer as políticas públicas e criar uma cultura de valorização da terceira idade.

Neste mês do idoso, deixo aqui o meu apelo: respeitar e proteger nossos idosos é respeitar o nosso próprio futuro. Que a voz dessa trabalhadora — silenciada por décadas — ecoe em cada um de nós como um grito por justiça, dignidade e amor ao próximo.


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Divulgação 




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