por Evandro Brasil
Na manha de ontem (9 de outubro) ao tomar conhecimento no noticiário sobre a prisão de 16 policiais militares, entre praças e oficiais do 17° Batalhão não tive qualquer reação, confesso que tratei com banalidade, afinal esses acontecimentos vem ocorrendo cada vez com mais freqüência aqui no Rio de Janeiro. Mas, minhas reflexões sobre o assunto, me fizeram escrever este artigo, pois como ativista social tenho plena consciência do nosso papel em nossa sociedade.
Lutamos todos os dias por melhor qualidade de vida para o nosso povo. Cobramos diurna e noturnamente que o poder público ofereça cada vez mais qualidade nos serviços de saúde, de educação, de mobilidade urbana, no acesso a cultura, ao lazer, ao emprego etc. Levantamos a voz todos os dias na proteção ao Meio Ambiente, e, contra atos de injustiça, e, não havia cabimento calar-me diante deste fato.
A corrupção esta impregnada no serviço publico, em todos os níveis, herança maldita sei la de que. Alguns sociólogos tentam buscar explicação ainda nos costumes trazidos pela côrte portuguesa em 1500 e outros apontam para o regime militar... Mas a grande verdade é que ao ingressar na policia militar o policial esta submetido ao corporativismo que os obriga a fazer votos de silêncio. "Você não viu nada, não sabe de nada, não participou de nada, entendeu!" - É mais ou menos assim.
Nas favelas do Rio, os moradores sabem bem quem são os populares "Patamos". Isso mesmo, este termo diferente e aparentemente estranho para quem não vive neste ambiente. Tradicionalmente esses são os policiais que se relacionam com o tráfico, muito bem explorado no filme Tropa de Elite 1. Muitos patamos são honrosos, mas uma grande maioria já acostumou com o chamado espólio, e acham até normal tomar pra si os objetos em poder dos traficantes, como jóias, relógios, calçados, armas, drogas etc. E não só os chamados patamos, mas também policiais do Bope tem praticado o espólio - muito denunciado nas incursões do Bope e da Core durante a ocupação das comunidades do Complexo do Alemão. Até hoje a imprensa não divulgou qualquer responsabilidade sobre essas denúncias, ao que parece deve ter sido abafado assim como tantas outras denúncias contra ações policiais.
O caso do 17° Batalhão é apenas mais um, no mês passado foram presos praças e oficiais do 14° Batalhão, localizado em Bangu - Zona Oeste do Rio, e nos próximos meses outros policiais de outros batalhões serão presos pelos mesmos motivos.
Nossa sociedade está refém dos criminosos de farda e de chinelos. E, neste caso da Ilha do Governador veio a divulgação de que os policiais ainda receberam 300 mil para soltarem dois traficantes que haviam sido presos momentos antes. Neste caso o chefe do Servido Reservado, até este momento uma unidade dotada de idoneidade, teve sua integridade atingida por manchas que não saíram jamais. Pois, as reportagens que noticiaram o fato apontam a participação direta deste oficial no sequestro dos traficantes na Ilha do Governador.
Novas informações acessadas hoje sobre esse caso, dão conta de possível conivência só Comando da Base Aérea do Galeão, que segundo o Ministério Público, este teria informado ao Coronel Comandante do 17° Batalhão sobre as investigações, haja a vista que estas ocorriam em sigilo. E, o Comandante também será acusado de improbidade administrativa por. compras superfaturadas e trafego de influencia.
O que os postulantes ao Governo do Estado tem a falar para a nossa sociedade? Não basta o atual governador afirmar que a própria polícia esta prendendo os policiais corruptos, talvez baste o compromisso em mudar, mas mudar de verdade, pois nossa sociedade imersa em uma caixa de insegurança, envolvida pela sensação de ser traída por uma policia que é preparada para "proteger e defender", mas, que na verdade vem cada vez mais protegendo e defendendo os lideres do tráfico no Rio de Janeiro e os interesses pessoais de cada elemento que a ela compõe. Deixando a sociedade no vácuo da insegurança pública.
Obrigado a você que vem acompanhando minhas postagens e minhas opiniões, mas gostaria de deixar uma pergunta: "Qual o destino de um policial treinado para ser policial, depois de preso e expulso da corporação? Como esse policial faz para buscar recursos para a sua sobrevivência e sustento de seus familiares?"
Na manha de ontem (9 de outubro) ao tomar conhecimento no noticiário sobre a prisão de 16 policiais militares, entre praças e oficiais do 17° Batalhão não tive qualquer reação, confesso que tratei com banalidade, afinal esses acontecimentos vem ocorrendo cada vez com mais freqüência aqui no Rio de Janeiro. Mas, minhas reflexões sobre o assunto, me fizeram escrever este artigo, pois como ativista social tenho plena consciência do nosso papel em nossa sociedade.
Lutamos todos os dias por melhor qualidade de vida para o nosso povo. Cobramos diurna e noturnamente que o poder público ofereça cada vez mais qualidade nos serviços de saúde, de educação, de mobilidade urbana, no acesso a cultura, ao lazer, ao emprego etc. Levantamos a voz todos os dias na proteção ao Meio Ambiente, e, contra atos de injustiça, e, não havia cabimento calar-me diante deste fato.
A corrupção esta impregnada no serviço publico, em todos os níveis, herança maldita sei la de que. Alguns sociólogos tentam buscar explicação ainda nos costumes trazidos pela côrte portuguesa em 1500 e outros apontam para o regime militar... Mas a grande verdade é que ao ingressar na policia militar o policial esta submetido ao corporativismo que os obriga a fazer votos de silêncio. "Você não viu nada, não sabe de nada, não participou de nada, entendeu!" - É mais ou menos assim.
Nas favelas do Rio, os moradores sabem bem quem são os populares "Patamos". Isso mesmo, este termo diferente e aparentemente estranho para quem não vive neste ambiente. Tradicionalmente esses são os policiais que se relacionam com o tráfico, muito bem explorado no filme Tropa de Elite 1. Muitos patamos são honrosos, mas uma grande maioria já acostumou com o chamado espólio, e acham até normal tomar pra si os objetos em poder dos traficantes, como jóias, relógios, calçados, armas, drogas etc. E não só os chamados patamos, mas também policiais do Bope tem praticado o espólio - muito denunciado nas incursões do Bope e da Core durante a ocupação das comunidades do Complexo do Alemão. Até hoje a imprensa não divulgou qualquer responsabilidade sobre essas denúncias, ao que parece deve ter sido abafado assim como tantas outras denúncias contra ações policiais.
O caso do 17° Batalhão é apenas mais um, no mês passado foram presos praças e oficiais do 14° Batalhão, localizado em Bangu - Zona Oeste do Rio, e nos próximos meses outros policiais de outros batalhões serão presos pelos mesmos motivos.
Nossa sociedade está refém dos criminosos de farda e de chinelos. E, neste caso da Ilha do Governador veio a divulgação de que os policiais ainda receberam 300 mil para soltarem dois traficantes que haviam sido presos momentos antes. Neste caso o chefe do Servido Reservado, até este momento uma unidade dotada de idoneidade, teve sua integridade atingida por manchas que não saíram jamais. Pois, as reportagens que noticiaram o fato apontam a participação direta deste oficial no sequestro dos traficantes na Ilha do Governador.
Novas informações acessadas hoje sobre esse caso, dão conta de possível conivência só Comando da Base Aérea do Galeão, que segundo o Ministério Público, este teria informado ao Coronel Comandante do 17° Batalhão sobre as investigações, haja a vista que estas ocorriam em sigilo. E, o Comandante também será acusado de improbidade administrativa por. compras superfaturadas e trafego de influencia.
O que os postulantes ao Governo do Estado tem a falar para a nossa sociedade? Não basta o atual governador afirmar que a própria polícia esta prendendo os policiais corruptos, talvez baste o compromisso em mudar, mas mudar de verdade, pois nossa sociedade imersa em uma caixa de insegurança, envolvida pela sensação de ser traída por uma policia que é preparada para "proteger e defender", mas, que na verdade vem cada vez mais protegendo e defendendo os lideres do tráfico no Rio de Janeiro e os interesses pessoais de cada elemento que a ela compõe. Deixando a sociedade no vácuo da insegurança pública.
Obrigado a você que vem acompanhando minhas postagens e minhas opiniões, mas gostaria de deixar uma pergunta: "Qual o destino de um policial treinado para ser policial, depois de preso e expulso da corporação? Como esse policial faz para buscar recursos para a sua sobrevivência e sustento de seus familiares?"
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