Desde o ano 1970, Santo Antônio é o padroeiro oficial do município de Duque de Caxias. A devoção ao santo é tão forte que o município instituiu um feriado para seu culto, ou melhor, o único da cidade: dia 13 de junho. O ato que definiu o feriado veio através da deliberação nº1543, de 16 de abril de 1970, publicada no Boletim Oficial nº517, de 27 de abril de 1970, assinado pelo então prefeito Moacyr Rodrigues do Carmo.
Os cultos são realizados na Matriz da Paróquia de Santo Antônio, localizada na Avenida Presidente Kennedy, no Centro. A igreja foi construída no dia 13 de junho de 1939, no primeiro distrito.
É difícil encontrar uma paróquia sem alguma capela com a sua imagem. No Brasil, são mais de 500 igrejas que o têm como padroeiro.
Mas quem foi Santo Antônio?
Fernando de Bulhões nasceu em Lisboa, no dia 15 de agosto de 1195, e recebeu o nome de Antônio quando passou da Ordem de Santo Agostinho para a Ordem de São Francisco em 1220, em Pádua, na Itália. É por isso que ele é conhecido tanto como Santo Antônio de Lisboa quanto como Santo Antônio de Pádua.
Santo Antônio dedicou a vida à religião. De saúde frágil, ele levou uma vida humilde e se sustentou apenas com o necessário. Ao santo são creditados alguns milagres, como o do peixe. Ele fez surgir milhares deles ao pregar para as águas, uma vez que os homens não quiseram ouvi-lo. À beira do Mar Adriático, na foz do Rio Marecchia, o religioso fez surgir milhares de peixes para espanto da população.
Conta-se que alguns pobres bateram à porta do convento onde se encontrava Santo Antônio, na época em que foi eleito provincial dos franciscanos do norte da Itália. Eles estavam famintos e queriam pão. O cozinheiro disse que não poderia atender ao pedido, pois faltaria o alimento para a refeição dos frades.
Santo Antônio ouviu o diálogo e ordenou ao cozinheiro: “Dê pão aos pobres que Deus proverá”. Quando os frades entraram no refeitório, encontraram uma cesta repleta de pães. O milagre foi atribuído a Santo Antônio. Daí a tradição da distribuição do “Pão de Santo Antônio”, às terças-feiras, que representa fartura e prosperidade.
Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, a 13 de junho de 1231, sendo uma figura central da Igreja Católica e do pensamento europeu medieval. Desfrutava de tanto prestígio que, dez meses após o seu sepultamento, foi elevado à glória dos altares. Mais tarde, recebeu o honroso título de Doutor da Igreja. No fim da vida, Santo Antônio pregou três anos na França e pode ter sido ali que se tornou cupido.
O casamenteiro
Tanto em Portugal como no Brasil, onde a devoção se instalou no período colonial, basta o pretendente demorar a aparecer, que as mulheres submetem a imagem do santo a “castigos”. Retiram o Menino Jesus, que o santo traz no colo, e só o devolvem quando a graça é alcançada. Outras colocam a imagem com o rosto para a parede, amarram-na ao pé de uma mesa ou a mergulham na água de cabeça para baixo, até serem atendidas. Há também as que arrancam o resplendor (coroa luminosa que se coloca nas imagens dos santos) e o substitui por uma moeda.
Santo Antônio é também, conhecido como o santo das coisas perdidas. Para achar um objeto deve-se rezar o Responso (versículos que se rezam ou cantam alternadamente pelos dois coros, depois dos ofícios divinos; oração a um santo para que apareçam as coisas perdidas ou não sucedam males) de Santo Antônio para encontrá-lo.
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