Por Evandro Brasil
Gerontologia: A saúde dos idosos é influenciada por diversos fatores sociais que moldam suas condições de vida e bem-estar ao longo dos anos. O artigo "Determinantes Sociais da Saúde do Idoso", de Lorena Teresinha Consalter Geib, publicado na Revista Ciência & Saúde Coletiva (2012), explora esses fatores e como eles afetam a qualidade de vida da população idosa. Baseando-se no modelo de Dahlgren e Whitehead, a pesquisa evidencia que a equidade em saúde requer ações ao longo da vida para minimizar doenças crônicas e deficiências.
Os Principais Achados do Estudo
O estudo analisa os determinantes sociais da saúde do idoso em três níveis:
1. Nível Estrutural: Destaca os impactos das mudanças demográficas, como o envelhecimento da população e a urbanização acelerada, que influenciam o perfil de morbidade dos idosos. No Brasil, a desigualdade de renda e o acesso limitado a serviços essenciais afetam diretamente essa faixa etária.
2. Nível Intermediário: Explora as condições de vida e trabalho, incluindo moradia, alimentação, educação e acesso a serviços de saúde. A pesquisa mostra que muitos idosos enfrentam precariedade financeira, baixa escolaridade e dificuldades de acesso à saúde, fatores que agravam a vulnerabilidade social e aumentam o risco de doenças crônicas.
3. Nível Proximal: Analisa os comportamentos e estilos de vida, como dieta, sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool, que impactam diretamente a saúde dos idosos. A pesquisa indica que políticas públicas devem focar na promoção de hábitos saudáveis desde a juventude para garantir um envelhecimento mais ativo e com melhor qualidade de vida.
Reflexões e Desafios
O estudo evidencia que a exclusão social dos idosos não se dá apenas pela falta de renda, mas também pela ausência de redes de apoio e pela dificuldade de acesso a serviços essenciais. Além disso, políticas públicas eficazes devem abordar esses determinantes sociais ao longo do ciclo da vida, garantindo melhores condições de saúde na terceira idade.
A desigualdade socioeconômica do Brasil exige medidas que combatam a pobreza, melhorem o acesso a serviços de saúde e promovam o envelhecimento saudável. A pesquisa reforça a necessidade de ações intersetoriais para minimizar as barreiras que dificultam a vida dos idosos.
Este estudo é um alerta sobre a importância de políticas públicas voltadas para a equidade em saúde, considerando que o envelhecimento da população é um fenômeno crescente e irreversível. Com isso, garantir qualidade de vida aos idosos deve ser uma prioridade.
O estudo completo você encontra clicando aqui
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