quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Proposta do aplicativo Rota Fixa

Foto de: motorista por aplicativo 

Por Evandro Brasil 

Transportes: Confesso que fiquei realmente surpreso quando conheci a proposta do aplicativo de transporte de passageiros Rota Fixa. Em meio a tantos modelos já consolidados no mercado, encontrar um projeto que surge com uma visão diferente e inovadora me chamou muito a atenção.

O que mais me impressionou foi a forma como o aplicativo busca valorizar tanto os passageiros quanto os motoristas. Para os motoristas pioneiros, há uma promoção de lançamento que garante uma mensalidade fixa, sem cobrança de percentual sobre corridas nos primeiros meses. Essa é uma medida que traz previsibilidade financeira, segurança e atratividade para quem deseja iniciar na plataforma.

Já para os passageiros, o Rota Fixa apresenta vantagens como a possibilidade de cadastro rápido, link de indicação para convidar amigos e integração com WhatsApp automatizado, que facilita a comunicação, os atendimentos e até o acompanhamento de informações diretamente pelo aplicativo. Além disso, a plataforma oferece uma área administrativa que garante mais controle, transparência e eficiência na gestão.

Esse conjunto de benefícios mostra que o Rota Fixa chega para se consolidar como uma alternativa justa, moderna e acessível no setor de mobilidade urbana. É uma proposta que pode realmente transformar a forma como pensamos os transportes de passageiros na nossa região.

Estou animado para acompanhar essa jornada e ver de perto os próximos passos desse projeto promissor.

O lançamento oficial será entre os dias 15 e 20 de outubro nas cidades: Duque de Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti, Itaboraí, São Gonçalo e Magé.

#RotaFixa #TransporteInteligente #MobilidadeUrbana #AppDeTransporte #MotoristaParceiro #PassageiroConectado #Inovação #Tecnologia #Cidadania #Cidadania23 #Ineb #EvandroBrasil #InstitutoEvandroBrasil




sábado, 20 de setembro de 2025

C-390 Millennium e a Alerta de Ciro Gomes: O Futuro da Nossa Tecnologia

Foto de Arquivo: Aeronave KC 390 da Embraer

Por Evandro Brasil 

Hoje li a notícia de que a Embraer anunciou que o cargueiro militar KC-390 passará a ser vendido como C-390 Millennium, após o acordo com a americana Boeing. A joint venture que deve cuidar da comercialização foi batizada de Boeing Embraer – Defense.

Como brasileiro, não posso negar o orgulho que sinto de ver a Embraer ser reconhecida no mundo todo por sua capacidade de inovação. O KC-390 é um símbolo da nossa tecnologia e da competência da indústria nacional. Mas, ao mesmo tempo, não consigo ignorar os riscos que esse acordo representa.

O ex-ministro Ciro Gomes tem alertado que essa aliança com a Boeing é mais um golpe da indústria norte-americana contra a nossa economia. E eu concordo com essa preocupação. Entregar parte da nossa tecnologia para uma potência estrangeira pode significar abrir mão da autonomia conquistada ao longo de décadas. O Brasil corre o risco de perder o controle de um dos seus maiores patrimônios industriais e estratégicos.

Nesse contexto, acredito que o presidente Lula precisa intervir para que o Brasil não entregue de bandeja sua soberania tecnológica. O que está em jogo não é apenas um avião, mas o futuro da nossa capacidade de desenvolver projetos de defesa de forma independente.

O C-390 Millennium tem tudo para ser um sucesso mundial, mas precisamos garantir que esse sucesso não venha acompanhado da perda da nossa autonomia. A Embraer é orgulho nacional, e cabe a nós proteger esse legado.


sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Quando o lar deixa de ser seguro: reflexões sobre a violência contra mulheres

Um estudo sobre a violência de gênero , violência doméstica e o feminicidio 

Por Evandro Brasil 

Covardia: Escrever sobre violência de gênero, violência doméstica e feminicídio nunca é simples. Como homem, pai e cidadão, sinto a responsabilidade de dar voz a um problema que não pode mais ser tratado como algo “normal” em nossa sociedade. Recentemente publiquei um artigo, “Violência de gênero, violência doméstica e feminicídio: Uma revisão bibliográfica sobre definições, evolução, prevalência, legislação e prevenção” (Brasil, 2025), que reuniu dados, legislações e reflexões sobre o tema. Mas hoje quero escrever em tom mais pessoal, convidando você, leitor, a refletir comigo.

O que descobri ao mergulhar nesse tema é devastador: a Organização Mundial da Saúde confirma que uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física e/ou sexual. Mais chocante ainda é constatar que o lugar mais perigoso para muitas delas não é a rua, mas sim a própria casa, onde deveriam estar protegidas. No Brasil, os números continuam alarmantes — estupros reportados batem recordes, e os feminicídios seguem sendo uma triste realidade diária.

Conversei com especialistas em saúde pública e segurança, e todos apontam para a mesma direção: não existe uma causa única. A violência nasce de uma combinação de desigualdades de gênero, falta de políticas eficazes, silêncio e impunidade. Como me disse uma psicóloga que atua em abrigos: “Cada vez que uma mulher não é ouvida em sua denúncia, reforçamos a sensação de que sua vida não importa.”

Ouvir familiares de vítimas de feminicídio foi ainda mais duro. Uma mãe que perdeu a filha para o ex-companheiro me disse: “Ela pediu ajuda tantas vezes… mas ninguém acreditou no risco que ela corria. Agora, a minha luta é para que outras mães não sintam a mesma dor.” Essas vozes ecoam em minha mente como um lembrete de que estamos falhando como sociedade.

É verdade que avançamos: a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio e a Lei 14.188/2021, que criminaliza a violência psicológica, são conquistas importantes. Mas, como bem ressaltam especialistas, leis sem investimento em prevenção, acolhimento e capacitação de profissionais se tornam frágeis. Precisamos de escolas que eduquem para a igualdade, de campanhas permanentes e não apenas sazonais, de serviços de proteção que funcionem de verdade.

Não escrevo este texto apenas como pesquisador, mas como alguém que acredita que transformar essa realidade exige compromisso coletivo. Precisamos falar sobre isso nas casas, nas escolas, nas igrejas, nas empresas, nos parlamentos. O silêncio nunca protegeu ninguém — pelo contrário, ele alimenta a violência.

Concluo este texto com uma certeza: a luta contra a violência de gênero não é apenas das mulheres, mas de todos nós. Se quisermos um futuro mais justo, seguro e humano, precisamos transformar a indignação em ação.

📌 Que tal começarmos agora, compartilhando informação e apoiando mulheres ao nosso redor?


#ChegaDeViolência #PeloFimDoFeminicídio #MariaDaPenha #DireitosHumanos #Respeito #IgualdadeDeGênero #Cidadania #Cidadania23 #Ineb #EvandroBrasil #InstitutoEvandroBrasil


quarta-feira, 17 de setembro de 2025

A Sociedade e o Crime: Como Nós Também Alimentamos o Sistema que Nos Adoece

A sociedade e o crime: A percepção da sociedade em relação ao crescimento da criminalidade (2025)

Por Evandro Brasil 

Crime: Nos últimos anos, eu tenho refletido profundamente sobre a percepção da sociedade em relação ao crescimento da criminalidade. Parece que a violência tomou conta do noticiário, das conversas cotidianas e, principalmente, do nosso medo. Eu mesmo, assim como milhões de brasileiros, já senti aquele frio na espinha ao esperar um ônibus de madrugada, ao caminhar em uma rua pouco iluminada ou ao atravessar uma comunidade onde o som dos tiros ecoa de forma quase natural.

O que mais me chama a atenção é que, muitas vezes, nós mesmos, enquanto sociedade, temos dificuldade de entender a origem do crime. Colocamos a culpa no Estado, nos governantes, na polícia ou até em um partido político específico, mas ignoramos a nossa própria responsabilidade no crescimento desse fenômeno. Pior: frequentemente, nós que somos vítimas da ação criminosa, acabamos, sem perceber, alimentando a engrenagem que sustenta o crime organizado.

Quero aqui compartilhar minhas reflexões, apoiadas em estudos de especialistas, notas de jornais e exemplos reais da política brasileira. Minha intenção não é acusar, mas provocar uma reflexão coletiva. Afinal, para combater o crime organizado, a sociedade precisa estar unida.


O Cotidiano das Vítimas: Medo e Indignação

Todos os dias, pessoas saem de casa para trabalhar e já carregam consigo um temor silencioso: serem assaltadas no ponto de ônibus ou dentro do transporte público. Muitas relatam à imprensa que não têm coragem de usar seus celulares no coletivo, pois sabem que correm o risco de perder o pouco que conquistaram.

Outras, infelizmente, denunciam algo ainda mais doloroso: já sofreram furtos durante operações policiais em comunidades. Há também aquelas que se tornam vítimas fatais em meio a tiroteios entre facções ou em confrontos com a própria polícia.

Esse cenário gera uma indignação coletiva. O ódio cresce, a confiança nas forças de segurança diminui e, em última instância, o descrédito na política aumenta. É como se estivéssemos em um círculo vicioso: quanto mais crime, menos acreditamos na política; quanto menos acreditamos na política, menos força temos para exigir mudanças estruturais.


A Narrativa Política: Quem É o “Culpado”?

Em meio a essa crise de confiança, o discurso político ganha força. Eu observo que, muitas vezes, políticos de direita e extrema-direita batem insistentemente na tecla de que a criminalidade é culpa da esquerda. Eles dizem, com discursos eloquentes, que partidos de esquerda "protegem bandidos", "defendem criminosos" e "são contra a polícia".

Essas falas, repetidas à exaustão, acabam confundindo a população. De um lado, cidadãos revoltados com o crime acreditam que existe um grupo político “amigo de bandido”. De outro, pessoas que questionam essas narrativas são acusadas de “passar pano para o crime”.

O resultado é que, em vez de termos debates sérios sobre segurança pública, ficamos presos em brigas ideológicas que não resolvem o problema real. Como destacou a revista Piauí em uma reportagem recente, o discurso sobre criminalidade é frequentemente usado como arma política, mais para ganhar votos do que para apresentar soluções concretas.


A Palavra dos Especialistas

Para não ficar apenas na minha análise, trago a visão de especialistas.

O sociólogo Luiz Eduardo Soares, um dos maiores estudiosos de segurança pública no Brasil, afirmou em entrevista ao jornal O Globo:

"O crime organizado não cresce no vazio. Ele precisa de redes de apoio, de conivência social e, muitas vezes, de alianças políticas. Combatê-lo exige não apenas repressão, mas também uma mudança cultural e de consumo por parte da sociedade.”

Esse trecho me marcou profundamente, porque deixa claro que a responsabilidade não é apenas da polícia ou dos governantes: ela também é nossa, como sociedade civil.



Quando a Sociedade Alimenta o Crime sem Perceber

Eu sei que pode soar duro, mas precisamos admitir: nós também alimentamos o crime em diferentes situações cotidianas. Vou dar alguns exemplos claros:


1. TV a cabo e internet clandestina

Quando contratamos serviços piratas em comunidades, estamos financiando diretamente grupos criminosos que controlam esse tipo de comércio.


2. Compra de produtos roubados ou suspeitos

Às vezes, alguém compra uma bicicleta, um celular ou até eletrodomésticos por preços muito abaixo do mercado. Muitas vezes não sabe, mas esses itens podem ser fruto de roubo ou furto. Ao comprar, a pessoa entra na cadeia criminosa como consumidora final.


3. Armas de fogo ilegais

Pessoas simples, movidas pelo medo, acabam adquirindo uma pistola com numeração raspada no comércio paralelo. Só o fato de a arma ter numeração raspada já significa que ela é fruto de crime.


4. Drogas ilícitas

Comprar uma pequena quantidade de maconha ou cocaína para uso pessoal pode parecer “inofensivo”, mas essa compra financia organizações criminosas que exploram comunidades inteiras.

Um exemplo forte foi descrito em reportagem da Folha de S. Paulo, mostrando que o tráfico de drogas movimenta bilhões de reais no Brasil, e parte desse dinheiro circula no próprio comércio das periferias, disfarçado em pequenos negócios.


O Político que Fala contra o Crime, mas Foi Pego no Crime

Aqui quero trazer um caso emblemático. O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, por exemplo, fazia discursos inflamados sobre segurança pública e combate ao crime organizado. No entanto, anos depois, ele foi preso e condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e envolvimento em esquemas que desviaram milhões dos cofres públicos.

Cabral não foi o único. Como lembrou a Revista Veja, outros políticos que se diziam defensores da lei e da ordem também foram flagrados em esquemas criminosos. Isso mostra o quanto a hipocrisia política também alimenta a descrença da sociedade. Afinal, se até quem deveria dar o exemplo se envolve com crime, como esperar que a população acredite nas instituições?

Recentemente no Estado do Rio de Janeiro destaco o caso do deputado estadual TH Jóias, que em suas atividades parlamentares estava ao lado da segurança pública e do com até ao crime organizado, mas em seu cotidiano ele traficava e negociava armas, drogas, componentes eletrônicos, animais silvestres e, ainda, atendia as facções ADA, TCP e CV com serviços de câmbio.


Notas da Imprensa

Para dar sustentação ao meu argumento, destaco algumas matérias:

Estadão (2023): “Cresce o número de brasileiros que acreditam que a corrupção política está diretamente ligada ao avanço do crime organizado.”

Folha de S. Paulo (2024): “Tráfico de drogas movimenta R$ 20 bilhões por ano no Brasil e influencia diretamente a economia de comunidades.”

Revista Época (2022): “A percepção de insegurança é um dos principais fatores que levam cidadãos a apoiar discursos autoritários.”

Essas notas reforçam que o problema é complexo e que não há solução simples.



A Necessidade da União da Sociedade

Depois de todas essas reflexões, eu chego à conclusão de que não adianta apontar apenas para o Estado, para a polícia ou para a política. O combate ao crime organizado exige união social.


Isso significa que precisamos:

- Rejeitar a compra de produtos roubados.

- Denunciar irregularidades.

- Fiscalizar e cobrar transparência dos políticos.

- Exigir políticas públicas sérias, baseadas em evidências, não em discursos ideológicos.

- Investir em educação, cultura e oportunidades, que são a verdadeira raiz da prevenção do crime.

Como disse Luiz Eduardo Soares, "a mudança precisa ser estrutural e cultural".


Escrevo este texto com a convicção de que nós somos parte do problema, mas também podemos ser parte da solução. A criminalidade não vai desaparecer de um dia para o outro, mas podemos enfraquecê-la se, como sociedade, decidirmos não alimentar mais esse sistema.

Seja ao recusar comprar um produto suspeito, ao denunciar um político corrupto ou ao apoiar iniciativas comunitárias, cada gesto conta.

O crime é um câncer que se espalha, mas nós temos nas mãos a chance de não sermos mais o alimento que ele precisa para crescer.


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terça-feira, 16 de setembro de 2025

PEC da Blindagem: o salvo-conduto da impunidade parlamentar

A PEC da Blindagem ou da Impunidade interessa diretamente aos parlamentares do centrão com o apoio da oposição. Essa proposta é um vergonhoso retrocesso 


Por Evandro Brasil 

Bandidagem: Desde que ouvi falar da chamada PEC da Blindagem — também chamada de PEC das Prerrogativas — senti um misto de indignação e preocupação. Como cidadão que acredita na justiça, na responsabilidade pública e no princípio de que todos somos iguais perante a lei, essa proposta me parece um ataque sério ao que temos de mais fundamental no Estado de Direito.


O que é essa PEC da Blindagem

Basicamente, o que está em jogo é alterar a Constituição para ampliar proteções jurídicas aos parlamentares — deputados federais e senadores — de modo a dificultar investigações criminais contra eles. Entre as medidas que têm sido discutidas:

Condicionar a investigação de parlamentar à autorização da casa legislativa correspondente.

Limitar prisões preventivas ou medidas cautelares (como tornozeleira eletrônica) sem apoio de maioria qualificada ou aprovação política.

Impor que o parlamentar investigado tenha acesso irrestrito ao inquérito, inclusive a partes sigilosas.

Proibir operações de busca e apreensão nas dependências do Congresso.



Se estivesse em vigor…


É importante lembrar que, se essa peça já estivesse em vigor, casos como o do deputado estadual Th Jóias — investigado e preso por envolvimento em escândalos recentes — jamais poderiam ter ocorrido da forma como vimos. Ele simplesmente estaria blindado pela própria Assembleia, que teria de autorizar ou não qualquer investigação ou prisão. Ou seja: a PEC da Blindagem não é uma proposta de proteção à democracia, mas sim um verdadeiro escudo para corruptos e criminosos de colarinho branco.



O que especialistas, jornais e entidades estão dizendo

Minha leitura das reações traz indícios fortes de que essa PEC está sendo vista como um retrocesso institucional por quem estuda e opera no ambiente jurídico e político:

Investigadores, promotores e procuradores têm alertado que a proposta é um “retrocesso” no combate à corrupção.

O Instituto Não Aceito Corrupção (Inac) publicou nota de repúdio, afirmando que dificultar investigações ou enfraquecer a Lei da Ficha Limpa é uma afronta à ética pública.

Parlamentares da oposição e de partidos de centro também alertam que o texto ainda não ficou claro, que há improviso e ausência de transparência.

Uma pesquisa da Genial/Quaest mostrou que a maioria dos brasileiros — cerca de 53% dos entrevistados — se posiciona contra a PEC da Blindagem, contra cerca de 31% favoráveis.

Editorial de jornais de grande circulação afirmam que tentar proteger parlamentares do alcance da lei fere a Constituição e o princípio de igualdade.



Minha opinião

Para mim, a PEC da Blindagem representa uma das maiores ameaças recentes à credibilidade do Congresso e ao respeito que a população espera dos representantes. Tenho algumas convicções:

1. Ninguém pode estar acima da lei — cargos públicos não são imunidades para cometer ilícitos.

2. A democracia saudável exige transparência, responsabilidade e fiscalização forte. Toda proposta que tira poder de investigação ou julgamento de autoridades — ou os coloca sempre condicionados a decisões políticas — cria um terreno fértil para a impunidade.

3. Se aceitarmos que parlamentares sejam tratados de forma diferente na lei penal, abrimos precedentes perigosos: abusos de poder, corrupção e impunidade tendem a aumentar.

4. A opinião pública (que pelo visto já rejeita a proposta em maioria) não pode ser ignorada — instituições existem para servir ao povo, não para proteger interesses pessoais ou corporativos.


Se a PEC da Blindagem for aprovada como muitos estão propondo, poderemos ver um cenário onde o Congresso se coloca como uma espécie de guardião dos seus próprios desvios — em vez de ser fiscalizado por instituições independentes. Isso enfraquece toda a estrutura de freios e contrapesos que sustenta a democracia.

Eu acredito que esse debate precisa sair dos bastidores. Todos temos o direito (e o dever) de entender exatamente o que está sendo proposto, exigir transparência, cobrar nossos deputados e senadores, e recusar qualquer tentativa de impor privilégios que atentem contra o interesse público.


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segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Entenda as Emendas Parlamentares: Tipos, Leis e Escândalos

O problema na gestão pública no Brasil causado por volumes elevados em emendas parlamentares 


Por Evandro Brasil 

Quando falamos em política e em orçamento público, muitas vezes nos deparamos com o termo “emendas parlamentares”. Mas afinal, o que são elas, quais os tipos existentes e por que geram tantas controvérsias? Quero compartilhar aqui um pouco do que aprendi sobre o tema, trazendo dados, legislação e até denúncias recentes que têm ocupado espaço nas manchetes da imprensa.


O que são as emendas parlamentares?

As emendas parlamentares são instrumentos que permitem aos deputados e senadores alterarem o orçamento da União, destinando recursos para áreas e regiões específicas. Em teoria, trata-se de um mecanismo democrático, pois aproxima os recursos públicos das demandas locais.

Segundo a Constituição Federal, artigo 166, existem diferentes tipos de emendas: individuais, de bancada, de comissão e de relator. Com as Emendas Constitucionais nº 86/2015 e nº 100/2019, as chamadas emendas individuais e de bancada se tornaram de execução obrigatória, o que conhecemos como orçamento impositivo.


As leis e normas que regulamentam

CF/88, art. 166 – trata do processo orçamentário e da possibilidade de emendas.

EC 86/2015 – tornou obrigatória a execução das emendas individuais (50% para a saúde).

EC 100/2019 – estendeu a obrigatoriedade às emendas de bancada.

LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) – publicada anualmente, define os limites e critérios de execução.

Súmulas e decisões do STF – como a decisão de 2022 que julgou inconstitucional a forma de execução das emendas de relator (RP9), reforçando a necessidade de transparência e publicidade.


Onde mora a polêmica: denúncias e investigações

Na teoria, tudo parece democrático. Mas, na prática, a execução de emendas parlamentares tem sido alvo de suspeitas de corrupção, desvios e favorecimentos políticos.

🔎 Emendas de relator (RP9) ficaram conhecidas como “orçamento secreto” a partir de 2019, quando vieram à tona denúncias de que bilhões de reais eram distribuídos sem critérios claros de transparência. O Supremo Tribunal Federal (STF) interveio, e em dezembro de 2022, a Corte decidiu que esse tipo de emenda feria os princípios da publicidade e da impessoalidade (Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada pelo Plenário).

📰 De acordo com reportagens da imprensa nacional, entre 2020 e 2022, cerca de R$ 30 bilhões foram distribuídos por meio de emendas de relator sem critérios objetivos. Parte desses recursos teria sido direcionada a municípios com baixa execução de políticas públicas, superfaturamento em licitações e até para empresas de fachada.

🚨 Atualmente, há investigações em curso na Polícia Federal, no Ministério Público Federal e no Tribunal de Contas da União (TCU) para apurar indícios de desvios em contratos de obras, fornecimento de máquinas agrícolas, kits de saúde e até medicamentos adquiridos com valores superfaturados.

O jornal O Globo destacou em 2023 que prefeitos e parlamentares já foram alvo de operações da PF relacionadas a supostos esquemas de corrupção envolvendo emendas. A Folha de S. Paulo também noticiou que o TCU apontou fragilidades graves no controle da aplicação desses recursos, abrindo margem para irregularidades.


Reflexão pessoal

Eu vejo as emendas parlamentares como uma faca de dois gumes. Por um lado, elas permitem que demandas locais importantes sejam atendidas, especialmente em áreas como saúde, educação e infraestrutura. Por outro, sem fiscalização adequada, tornam-se um instrumento de barganha política e de corrupção, o que fere diretamente os princípios da boa administração pública.

A decisão do STF em declarar inconstitucional o “orçamento secreto” foi um passo importante, mas ainda há um longo caminho para garantir transparência, equidade e eficiência no uso do dinheiro público.

✍️ E você, o que pensa sobre as emendas parlamentares? São um avanço democrático ou uma brecha para a corrupção?


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domingo, 14 de setembro de 2025

Vem conhecer o meu canal no YouTube!

Divulgação do canal 

Por Evandro Brasil 

Divulgação: Tenho um convite especial para você: gostaria que conhecesse o meu canal no YouTube. Lá, publico conteúdos que unem informação, reflexão e aprendizado em diferentes áreas que considero fundamentais para nossa vida em sociedade.


Nos meus vídeos, você vai encontrar:

Política e cidadania: análises críticas sobre a realidade do nosso país, a atuação de parlamentares, a importância da participação popular e os desafios que enfrentamos em temas como segurança, violência, educação e emprego.

Saúde e bem-estar: vídeos curtos e objetivos sobre doenças, exames, dicas de prevenção e cuidados básicos que podem fazer toda a diferença no dia a dia.

Educação e conhecimento: compartilho experiências, ideias e conteúdos educativos que ajudam tanto estudantes quanto profissionais a expandirem seus horizontes.

Cursos e formações: apresento novidades e materiais do Instituto Evandro Brasil, que há anos se dedica à educação de qualidade.


Meu objetivo é simples: informar, provocar reflexões e contribuir para um Brasil mais consciente e participativo.

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