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O Rio de Janeiro é campeão em desigualdades em todo o país, agravado pelo desemprego, baixos salários e também pela informalidade

O Estado do Rio de Janeiro tem um dos maiores desafios entre os estados brasileiros, o de promover dignidade e igualdade social a partir do trabalho. Isso porque o estado registrou o pior índice do país no final deste ano quando o assunto é renda envolvendo salário, desemprego e a informalidade.

É possível mensurar a desigualdade social e econômica a partir de diferentes áreas, mas fato é que a queda da renda salarial é um importante fator estrutural de discrepância na população fluminense na atualidade. Essa avaliação analisa exclusivamente índices relacionados a trabalho e renda, não levando em conta políticas públicas de transferência de renda, por exemplo. Mas ela é importante porque mostra a deterioração do Rio de Janeiro.

Os dados da PNAD sobre renda domiciliar per capita do trabalho são um resumo das operações trabalhistas onde entra o salário, desemprego e, também, a  informalidade.


Entre os três Estados que tiveram queda no rendimento médio, o Rio de Janeiro teve o pior índice: - 11,9%, seguido por Amazonas (- 6,3%) e Paraná (- 5,1%).


A situação do trabalhador e da trabalhadora em todo o Estado do Rio de Janeiro é ainda mais afetada por outros índices em deterioração no país e no Estado. A inflação acumulada de 11,5% nos últimos 12 meses é um dos marcadores negativos e ainda a Síntese de Indicadores Sociais, divulgada no final de 2021 pelo IBGE, traz mais notícias negativas para a economia e população do nosso Estado. Um dos dados que a Síntese traz é que o Rio de Janeiro tem o risco de inundações e deslizamentos mais alto entre todos os estados da federação. Imagine o efeito disso em uma das maiores regiões metropolitanas do país. Segundo o IBGE, há proporções mais elevadas para jovens, pretos ou pardos, e integrantes dos quintos populacionais de menor rendimento per capita nesse índice.


O nível de piora social do país está também exposto na Síntese. 

Mesmo com benefícios emergenciais, 1 em cada 4 brasileiros vivia em situação de pobreza em 2020. Cerca de 12 milhões de pessoas viviam em extrema pobreza, ou seja, com menos de R$ 155 reais por mês, e mais de 50 milhões, ou 1 em cada 4 brasileiros, viviam em situação de pobreza, com menos de R$ 450 por mês.

Quando falamos de pobreza, estamos nos referindo à pobreza monetária, ou seja, por insuficiência de renda, sem considerar outras dimensões, como acesso à educação, saúde e moradia adequada. A informalidade, segundo economistas da FGV, também aumentou no estado fluminense.

Enquanto o Brasil teve crescimento de 1,1 ponto percentual do trabalho informal, o Rio teve 7 pontos. Durante a pandemia, a renda caiu mais que em qualquer outro estado da federação. E não só a perda de ocupação foi maior, como também foi onde houve maior mudança do local de trabalho, isso mostra a vulnerabilidade da economia e da população.

O que podemos fazer para mudar esse quadro? Do ponto de vista do atual momento, buscamos dialogar com a sociedade e chamar a sua atenção para que nessas prévias eleitorais possamos caminhar juntos na elaboração de idéias e propostas as quais defenderemos nos debates políticos e iremos implementar na Assembléia Legislativa do Estado com criação de Leis e destinação de recursos que possibilite gerar empregos, renda e proteger os trabalhadores operários do Estado do Rio de Janeiro.

Texto original de Mariana Pitasse

 

 

 

 

 

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