"Matou uma inocente, uma garota inteligente, estudiosa, obediente, de futuro. Cadê os policiais que fizeram isso? A voz deles é a arma. Não é a família do governador ou a do prefeito ou a dos policiais que está chorando. É a minha. Eles vão pedir desculpas, mas isso não vai trazer minha neta de volta. Foi a filha de um trabalhador, tá? Ela fala inglês, tem aula de balé, era estudiosa. Ela não vivia na rua, não. Mais um na estatística. Vão chegar e dizer que morreu uma criança no confronto. Que confronto? A minha neta estava armada, por acaso, para levar um tiro?"
Assim desabafou Ailton Felix, avô da pequena Ágatha de 8 anos.
Ágatha foi atingida por um tiro de fuzil em suas costas ao passar dentro de uma kombi quando retornava na companha de sua mãe de uma festa na comunidade do Morro do Alemão. Testemunhas afirmam que o tiro foi dado por um policial que atirou contra uma moto que passava no local, já os policiais afirmaram que estavam sendo atacados por bandidos.
Infelizmente a mesma história se repete. Áhatha não é a primeira criança vitima dessa violência. A tropa é o espelho do comando, quando se tem um governador insano que incentiva o confronto é obvio que a policia vai agir em consonância com aquele que dá as ordens, com aquele que assina o cheque e que pode garantir as promoções e as vantagens.
Quem apertou o gatilho ainda não sabemos, mas fato é que quem matou a pequenina Ágatha foi o governador Wilson Witzer.
Esta politica de segurança esta ineficaz no combate a criminalidade, é preciso adotar ações de inteligencia nos processos investigativos, é muito mais seguro prender o traficante em casa enquanto dorme do que em um confronto onde ele esta armado com pistolas, fuzil, metralhadora, granada (...). No mesmo sentido é muito mais fácil apreender a droga e as armas quando estão em transito do que na boca de fumo.
Essa violência precisa acabar.
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