Os negros – parcela da população que inclui pretos e pardos – recebem por hora, em média, 60,4% do pago às demais camadas populacionais. Essa é uma das conclusões do estudo divulgado hoje (17) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). A pesquisa Negros no Mercado de Trabalho da Região Metropolitana de São Paulo mostra que um negro ganha, em média, R$ 5,81 por hora trabalhada, contra R$ 9,62 pagos a outros trabalhadores.
O principal motivo dessa desigualdade, segundo o estudo, é que a inserção dos negros no mercado de trabalho ocorre principalmente nas ocupações menos especializadas e pior remuneradas. Em 2010, 10,8% da população negra economicamente ativa trabalhavam como empregados domésticos. Entre a população que se declara branca e amarela, essa proporção é 5,7%.
Na construção civil, estavam empregados 8,8% dos negros inseridos no mercado de trabalho e 5% dos não negros. Segundo o estudo, esses setores são exatamente aqueles em que predominam postos de trabalho com menos exigências de qualificação profissional, menor remuneração e relações de trabalho mais precárias. “Por isso, menos valorizados socialmente”.
O serviço público absorve uma proporção maior de ocupados não negros (8,4%) do que de negros (6,2%). O fato de ser uma carreira que requer a aprovação em concurso pública mostra, de acordo com a pesquisa, a falta de acesso dos negros ao ensino de qualidade.
A diferença também é grande no grupo que incluiu desde profissionais autônomos de nível universitário até donos de negócios familiares. O percentual de negros ocupados nessas atividades é 3,9%, contra 9% entre os não negros. “Dispor de riqueza acumulada que permita montar um negócio ou ter nível superior de escolaridade provavelmente são os fatores que explicam a exclusão de grande parte dos negros.”
FONTE: Agência Brasil, 17 de novembro de 2011
DUQUE DE CAXIAS UM GIGANTE QUE CONTINUA ADORMECIDO
DUQUE DE CAXIAS UM GIGANTE QUE CONTINUA ADORMECIDO
Dados do IBGE apontam que a cidade de Duque de Caxias é a 8ª maior cidade do Brasil, com um PIB (Produto Interno Bruto) de 32.266.476. Duque de Caxias está atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Manaus e Porto Alegre. Niterói aparece na 42ª posição, Nova Iguaçu em 48ª, seguido de São Gonçalo e Petrópolis está na 81ª. Nenhum outro município da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro aparece entre as 100 maiores cidades brasileiras. Quando o assunto é população Duque de Caxias apresenta a marca de 855.046 habitantes, contra 999.901 em São Gonçalo, já Nova Iguaçu atualmente aparece com 795.212, Belford Roxo com 469.261, São João de Meriti com 459.356 e Petrópolis 296.044.
Diante desses dados, o que mais mexe com a nossa curiosidade é, como pode a cidade de Duque de Caxias sendo a 8ª maior cidade do Brasil conviver com tantos moradores nas ruas; uma população crescente de usuários de “crack” sem qualquer auxílio por parte do poder municipal; ter uma frota de transporte coletivo de tão má qualidade; um serviço de coleta de lixo tão ineficaz; não realizar o tratamento adequado do esgotamento sanitário; etc.
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