quarta-feira, 30 de novembro de 2016

29 de novembro, o dia que não acabou

Essa semana foi agitada, mas eu, diante da atual crise que tomou conta do pais, na verdade tenho estado mais intimamente envolvido com os assuntos administrativos de minha empresa, atividade que sempre deleguei a outras pessoas. Por essa razão tenho estado ausente do meu blogue, mas nos 5 minutos que me restam hoje quero externar em algumas linhas o meu pensamento sobre as ocorrências que vão colocar o dia 29 de novembro de 2016 para sempre em nossa história.

Eram pouco mais da meia noite, quando ouvi na rádio CBN a noticia da queda do aviam a empresa Lamia nos Andes Colombianos vitimando a equipe de futebol da Chapecoense, jornalistas, dirigentes esportivos, a própria tripulação e alguns convidados da equipe que estaria disputando a final do campeonato sul americano de clubes. Uma trágica noticia. Ao que tudo indica, houve falta de combustível, pane elétrica e congestionamento aéreo, desta equação resultou o caos que entristeceu a comunidade internacional do desporto.

Não bastasse tal acontecimento, manifestantes vandalizaram o Distrito Federal em um manifesto contra a votação do Senado das medidas de controle de gastos do governo federal. Muitos manifestantes estão ali afirmando que essa medida irá reduzir os investimentos da educação e da saúde, mas, em nossa vida cotidiana, mesmo que tenhamos vontade de fazer determinado curso ou procedimento de saúde, se o orçamento estiver acima dos nossos ganhos, nós não fazemos, não é verdade? Não se pode gastar mais do que se arrecada.

Mas, enfim, enquanto alguns manifestantes estão ali pelo que acreditam, outros estavam lá, mascarados e com os suas faces ocultas, fazendo exatamente aquilo que os presidentes da CUT e do MST afirmaram que iriam fazer caso houvesse impedimentos ao Lula ou a Dilma. Eles enfrentaram a policia, atearam fogo nos veículos que estavam nas vias públicas, picharam muros, apedrejaram os agentes públicos, criaram um verdadeiro cenário de guerra. Cenário esse que foi reprovado pela população nos manifestos protagonizados pelos Black Block no ano de 2013.

Aí, não bastando todas essas ocorrências, os bonitinhos da Câmara dos Deputados Federais, perderam mais uma vez a oportunidade de atender aos anseios da população que os elegeu, e alteraram a Lei de iniciativa do Ministério Público com o apoio popular de cerca de 3 milhões de brasileiros. Ora, se alterassem alguns itens, ajustando para o bom funcionamento, seriam aclamados, mas foi feito algo nefasto, alteraram as propostas amputando a capacidade do Ministério Público em investigar e promover ações que venham a impedir a corrupção principalmente por políticos, até mesmo não tipificar o enriquecimento ilícito como crime os nossos nobres bonitinhos tiveram a coragem de fazer. 313 deputados votaram pela alienação das 10 medidas contra a corrupção no Brasil, apenas 132 deputados foram contra essas mudanças.

Depois de tudo isso, agora, por favor libertem o José Dirceu, o Sergio Cabral, o Fernando Cavedish, o Wilson Carlos, o Marcelo Odebrecht, libertem o Eduardo Cunha e devolvam a ele a presidência da Câmara dos Deputados Federais devolvam a presidência da república a Dilma Houssef, deixem o Lula curtir o sitio de Atibaia e o seu tríplex no Guarujá em paz, e por favor, não me venham mais com acusação de que o Zito roubou 700 milhões, que o Alexandre Cardoso desviou recursos do Bolsa Família, que prefeito Eduardo Paes superfaturou obras das Olimpiadas, que o . Libertem essa gente.

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