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Um estudo sobre a violência de gênero , violência doméstica e o feminicidio |
Por Evandro Brasil
Covardia: Escrever sobre violência de gênero, violência doméstica e feminicídio nunca é simples. Como homem, pai e cidadão, sinto a responsabilidade de dar voz a um problema que não pode mais ser tratado como algo “normal” em nossa sociedade. Recentemente publiquei um artigo, “Violência de gênero, violência doméstica e feminicídio: Uma revisão bibliográfica sobre definições, evolução, prevalência, legislação e prevenção” (Brasil, 2025), que reuniu dados, legislações e reflexões sobre o tema. Mas hoje quero escrever em tom mais pessoal, convidando você, leitor, a refletir comigo.
O que descobri ao mergulhar nesse tema é devastador: a Organização Mundial da Saúde confirma que uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física e/ou sexual. Mais chocante ainda é constatar que o lugar mais perigoso para muitas delas não é a rua, mas sim a própria casa, onde deveriam estar protegidas. No Brasil, os números continuam alarmantes — estupros reportados batem recordes, e os feminicídios seguem sendo uma triste realidade diária.
Conversei com especialistas em saúde pública e segurança, e todos apontam para a mesma direção: não existe uma causa única. A violência nasce de uma combinação de desigualdades de gênero, falta de políticas eficazes, silêncio e impunidade. Como me disse uma psicóloga que atua em abrigos: “Cada vez que uma mulher não é ouvida em sua denúncia, reforçamos a sensação de que sua vida não importa.”
Ouvir familiares de vítimas de feminicídio foi ainda mais duro. Uma mãe que perdeu a filha para o ex-companheiro me disse: “Ela pediu ajuda tantas vezes… mas ninguém acreditou no risco que ela corria. Agora, a minha luta é para que outras mães não sintam a mesma dor.” Essas vozes ecoam em minha mente como um lembrete de que estamos falhando como sociedade.
É verdade que avançamos: a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio e a Lei 14.188/2021, que criminaliza a violência psicológica, são conquistas importantes. Mas, como bem ressaltam especialistas, leis sem investimento em prevenção, acolhimento e capacitação de profissionais se tornam frágeis. Precisamos de escolas que eduquem para a igualdade, de campanhas permanentes e não apenas sazonais, de serviços de proteção que funcionem de verdade.
Não escrevo este texto apenas como pesquisador, mas como alguém que acredita que transformar essa realidade exige compromisso coletivo. Precisamos falar sobre isso nas casas, nas escolas, nas igrejas, nas empresas, nos parlamentos. O silêncio nunca protegeu ninguém — pelo contrário, ele alimenta a violência.
Concluo este texto com uma certeza: a luta contra a violência de gênero não é apenas das mulheres, mas de todos nós. Se quisermos um futuro mais justo, seguro e humano, precisamos transformar a indignação em ação.
📌 Que tal começarmos agora, compartilhando informação e apoiando mulheres ao nosso redor?
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